Na reta final para o Carnaval, estamos todos nos últimos preparativos, e a bola da vez é mesmo Florianópolis. Por isso, estou passando aqui um mini-guia para os marinheiros de primeira viagem. No post de amanhã, vou dar uma pincelada nas opções do Rio de Janeiro e de São Paulo.
O que fazer. Floripa até tem outras atrações turísticas, mas o que torna a ilha tão bacana e procurada são mesmo suas praias: a Mole para a juventude sarada e os gays, a Galheta para o povo zen, os naturistas e os adeptos da ecopegação, a Joaquina para os farofeiros brasileiros, Canasvieiras para os farofeiros argentinos, Jurerê Internacional para os jetsetters e emergentes em geral... tem para todos os gostos e tribos. Agora, se a previsão de chuva se confirmar, não há passeio que sobreviva. Por isso, trate de ir munido de um bom plano B. Vale trazer um bom livro, um iPod, um baralhinho... ou então se jogar nos vapores libertinos das Thermas Oceano, no Centro. A diversão preferida do paulistano médio também está garantida, com dois shopping centers novinhos em folha, o Iguatemi e o Floripa Shopping, que vieram se juntar ao tradicional Beira-Mar e deram um merecido upgrade na oferta de cinemas da cidade.
Onde comer. A Praia Mole, onde boa parte dos leitores do blog deve passar o dia, não tem confortos de praia urbana (para isso, existe Jurerê Internacional). As melhores opções para comer estão na parte hétero (o canto direito): o Barraco da Mole e o Quiosque da Praia. Neste último (meu favorito na Mole), prove os sucos Paulada, com laranja, açaí, morango, banana e xarope de guaraná, e Baba Baby, com abacaxi, melão, kiwi e xarope de guaraná. Os lanches e salgados também são ótimos. Já na ala gay, o Bar do Deca tem serviço descuidado e cozinha pobre (de lá, só consigo comer o pastel de camarão). À noite, as boas pedidas estão ao redor da Lagoa da Conceição, com lugares despretensiosos que servem massas, crepes e pizzas, e no Centro, nas imediações da Avenida Beira-Mar Norte.
Festas. Mais uma vez, é na The Week que estão depositadas as maiores expectativas: as novas instalações prometem ser deslumbrantes e o clube terá o melhor line up para o público gay, com Offer Nissim, Peter Rauhofer e uma pool party feita pelo experiente grupo Matinée, de Barcelona. Correndo por fora, a festa Sunrise, a bordo de um iate, deve roubar a cena na tarde de domingo (caso o tempo ajude, é claro), rivalizando com a Troy, bem mais barata e que deve receber muitos nativos. Tem ainda a festa E-Joy, na noite de sábado, com Chris Cox, e os clássicos fixos da cidade: a boate Concorde, que costuma ficar impraticável de tão cheia, e o Mix Café, bar que tem uma pistinha no andar superior. Enquanto isso, no circuito hétero de Floripa, o El Divino receberá Fatboy Slim (2/2), David Guetta (3/2) e Tiësto (5/2) - mas não é todo mundo que gosta de dançar com patricinhas de echarpe de oncinha jogando o cabelão na sua cara. Quem gosta de house progressivo e vai ver Deep Dish ou Sasha no Warung deve lembrar que precisa retirar os ingressos comprados online com antecedência, em Balneário Camboriú, nos dias 1, 2 e 3/2 até as 21h.
Conselhos de mãe. Vai de carro? Muito cuidado na estrada: o trecho da BR-116 entre SP e Curitiba é perigoso, e o estado de Santa Catarina só perde para Minas Gerais em número de acidentes fatais. Para evitar engarrafamentos e conseguir estacionar, tente chegar na praia cedo (difícil, se você se jogou na véspera) e ir embora antes da hora do rush (17h30) ou bem mais tarde. Leve sua canga (a Mole não tem cadeiras para todo mundo, muito menos vendedores de canga) e papel higiênico, para usar no único e escabroso banheiro disponível. Se quiser dar um pulo na Galheta, um tênis ou papete são melhores do que um simples chinelo de dedo - a trilha de acesso tem pedras bem escorregadias. Com a lotação da ilha, ou você chega nas festas antes da 1h da manhã, ou só depois das 3 (perigando ficar para fora dos lugares mais concorridos).
7 comentários:
Tenho bons recuerdos de Floripa, e olha que fiquei hospedado no centro, pertinho da rodô. Então pra qualquer praia, era bus na certa. E como era reveillon, nossa, trânsito caótico pior que aqui de sampa.
Mas tudo isso vale a pena, o lugar tem uma energia incrível, e tenho certeza que melhorou muito desde 2003 quando eu estive lá.
conheço um argentino que está comigo aqui na Nova Zelândia, e ele é loco pra ter uma casa em floripa. Eu ia com ele, na boa.
bjos.
Então.. só complementando as dicas de mãe...
Não deixem para ir jantar muito tarde, principalmente quem estiver no centro, onde quase não se acha nenhum lugar maneiro pra comer depois da meia noite, mesmo em alta temporada, uma lástima mesmo! No centrinho da lagoa tem restaurantes funcionando mas até umas 3h, só que é uma muvuca intensa porque ali rola um tumulto de gente passando e bebendo na rua na frente de todos os lugares, vá com paciência! Depois das 3h só cup noodles em posto de combustível e olhe lá... Portanto leve suas barras de proteína para o pós balada.
LEO
Eu ia dar uma dica politicamente incorretíssima (mas importante!), mas acho melhor não, já que isso aqui anda super-patrulhado, rs.
Vou, então, só fazer uma observação: se for à Galheta, vá de chinelo, de anabela, de meia-pata ou até de salto agulha, mas, pelamordedeus, não vá de tênis. É muito feio e cafona. Antes ferido no corpo do que na dignidade. :D
Thi.... vc esqueceu de indicar o Beto Carrero World para as bees infantis!!!
Hahahaha, sacanagem.
Bom guia, vou guardar para quando eu for para a ilha...
Beijão e bom carnaval!
e Floripa é O LUGAR para se estar nesse carnaval hein?
Vá experimentar um restaurante tailandês que fica depois das Rendeiras, no caminho indo para a Joaquina (depois da entrada da Mole). Eu adorei.
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