Triângulo Amoroso, do diretor alemão Tom Tykwer (de Corra Lola Corra), foi a primeira boa surpresa do meu ano no cinema. Tykwer usa uma narrativa ágil e enxuta para contar a história do simpático casal Hanna e Simon. Na intensa vida social que eles levam em Berlim, sobra cada vez menos espaço para estarem um com o outro. Por um golpe do destino, os dois conhecem Adam em ocasiões diferentes (ela em um congresso, ele em um vestiário) e começam a se envolver com ele, sem que o outro saiba. Isso provoca transformações surpreendentes na relação do casal.
Com personagens carismáticos e situações críveis, o filme propõe um olhar bastante atual sobre os desafios que cercam as relações afetivas. Não é preciso ter vivido um caso extraconjugal para se identificar com a história - e repensar suas velhas certezas sobre a tal da fidelidade. Tykwer passa longe de lições de moral e propõe uma sexualidade fluida, livre de rótulos e cheia de possibilidades. O resultado é leve, divertido e altamente inspirador. Assim como o simpático Três Formas de Amar (1994), Triângulo Amoroso é um desses filmes visionários que antecipam mudanças comportamentais de um futuro cada vez mais próximo.
Um comentário:
Quero ver esse filme, o primeiro me marcou demais.
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