Com a aprovação da Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC), a compra da Webjet pela Gol está próxima de se concretizar. Falta apenas o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que deve ser dado nos próximos dias (o acordo deveria ter saído no dia 5, mas foi adiado). Com isso, espera-se que a Gol ocupe os slots (posições) da Webjet nos aeroportos e tire a marca de circulação.
Quando o anúncio da aquisição foi feito, no dia último 8 de julho, minha primeira reação foi lamentar. Afinal, com uma rival a menos no jogo, a competição de preços diminui e quem perde é o consumidor. Mas depois disso usei a Webjet algumas vezes, e fui obrigado a mudar de opinião.
Lembram da Webjet que eu descrevi aqui? Com pontualidade, poltronas confortáveis e até brownie com calda de chocolate? Esqueçam tudo o que eu disse: a empresa está irreconhecível. Para começar, nas transações feitas pelo site, eles tentam fazer venda casada de seguro com a passagem, prática proibida por lei. Se quiser escolher seu assento, terá de pagar uma taxa extra (!).
No aeroporto, a impressão é ainda pior. O atraso nos voos é recorrente e pode passar de uma hora e meia, sem que seja dada qualquer satisfação aos passageiros. Dentro do avião, eles espremeram mais fileiras de assentos, então não há mais espaço para os joelhos. E, horror dos horrores: eles removeram o sistema de inclinação de todas as poltronas de todas as aeronaves! Ou seja, você passa o voo inteiro apertado e com o tronco reto. Ah, até água e refrigerante são cobrados à parte.
Minhas últimas experiências foram tão traumáticas que prometi a mim mesmo que só voltaria a voar de Webjet em caso de emergência. Por isso, espero mesmo que a Gol engula logo a Webjet e tire de circulação esses paus-de-arara alados. A única coisa que não pode acontecer é a Gol nivelar a qualidade por baixo. O encosto das poltronas da classe econômica nunca reclinou grande coisa, mas sem poder deitar 15 graus que sejam a viagem fica muito, muito pior. Não pretendo passar por isso nunca mais.
6 comentários:
Quando morei na Europa não lembro se os assentos da Ryanair (low-cost de lá) eram reclináveis ou não. Isso foi 2009-2010. Mas era uma vibe busão com asas que nem a Webjet, com a diferença de que não rolava essa história de venda casada de seguro, e os vôos eram mega pontuais. Amava os cigarrinhos eletrônicos e as quinquilharias vendidas durante os vôos também. hehe
Parabéns Tiago o visual no novo blog ficou show!
Tb voei recentemente pela webjet: 1)quanto a combrarem pela bebida, parece-me que a Gol tb já cobra há algum tempo (ambas vendem suas bebidas e snacks); 2)oferecer venda casada de seguro-viagem, outras empresas já o fazem, o cliente aceita se quiser; 3)a taxa pro acento, é apenas para aqueles junto as asas, que oferecem mais espaço, situaçao essa que tb já ocorre em companhias concorrentes; 4)até onde eu sei a webjet permanecerá com seu logo próprio, mas pertencendo a Gol, assim como acontece com a Varig, q é tb da Gol e manteve seu logo. Então de correto em seu post, apenas a descrição das poltranas que não mais reclinam!
Marco Oliveira
Marco, o texto é uma comparação da Webjet atual com aquela que eu experimentei em 2009, e aponta várias práticas que não existiam antes. Você mesmo reconheceu em seu comentário a existência dessas práticas, então não entendi por quê meu post está incorreto.
Além disso, o fato de outras empresas também realizarem determinadas práticas não necessariamente as torna aceitáveis, legítimas ou justas para o consumidor... concorda? ;-)
Já viajei bastante por webjet e acompanhei seu declínio (mas não presenciei seus assentos não reclináveis), assim como momentos das companhias aéreas mais populares, incluindo gol, que já me cobrou pela comida, heheh. Pelo estado que o mercado está, vejo que a webjet (e em menor grau a azul) tem perdido um pouco de clientes na área de pessoas que viajam com mais frequência de avião, mas nas mais populares, ainda tem sua fama (pra quem já viajou de sp até interiro do maranhão sem ar condicionado na década de 90 sabe que qualquer pau de arara é melhor)
Amerika e Glam ainda são os referenciais da cidade. Fui também pra um tal de buenos aires gay festival edição 1ª na Human,e parecia ser um evento que desencadearia num festival em nov/dez, sem a grandiosidade do heaven and hell, mas ainda assim alguma coisa. Buenos Aires ter uma noite gay respeitável é só o que falta pra querer largar tudo e ir pra lá, pois na pegação tá valendo já, hehehe
bjs e obrigado pela visita
Nunca voei de Webjet. iria voar ano passado, mas tive que cancelar por causa da perna e amarguei uma multa de cancelamento que foi quase o preço da passagem.
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