terça-feira, 20 de junho de 2017

O quebra-cabeça metereológico do Sudeste Asiático


Na hora de planejar um giro pelo Sudeste Asiático, um fator determinante na montagem do roteiro é o mês escolhido para a viagem. A região é afetada pelo fenômeno climático das chuvas de monções, que caem sobre cada país em uma época diferente do ano. Não é só questão de dar ou não dar praia: em dias intensos, pense em São Pedro trabalhando no modo "tiro, porrada e bomba", com tempestades, alagamentos, estradas e aeroportos fechados e localidades isoladas por vários dias. Não é o que você vai querer para as suas férias, certo?

Definido o mês de junho, passei a traçar um itinerário que mesclasse nossos interesses (metrópoles e cidades menores, gastronomia, praia, história e arquitetura) e fugisse o tanto quanto fosse possível da chuva. Bangkok e o Camboja já estavam no início da fase úmida, mas a chuvinha foi pontual e não atrapalhou (até refrescou).

Hoi An estava com tempo bastante firme (e quente), ideal para passear e fotografar; ali, a temporada molhada vai de novembro a abril. Nesses meses, quem quiser encaixar um destino na categoria "cidade pequena e fofa" faz melhor negócio escolhendo Luang Prabang, no Laos (que agora em junho está em chuvas). E se quiser conhecer o Vietnã, melhor trocar Hoi An por Hanói e fazer um passeio a Halong Bay.


No caso das ilhas da Tailândia, a jóia da Ásia para quem é fã de praia, as duas costas têm monções em meses diferentes. Agora é época seca no lado leste e molhada no oeste. Meu amigo queria muito conhecer a famosa Koh Phi Phi, que fica no oeste; como sabíamos que haveria risco de chuvas, para garantir sol e diversão achei melhor dividir nosso tempo entre os dois litorais, e daqui seguimos para Koh Phangan, no lado oposto, que está em época seca.

Bem, chegamos ontem a Koh Phi Phi e demos sorte: céu azul e mar em tons de esmeralda e turquesa. Aproveitamos o tempo bom e fizemos logo um passeio de barco a Bamboo Island e Mosquito Island. Hoje, amanheceu nublado e a chuva vai e vem.

Felizmente, meu amigo teve o cuidado de escolher um hotel com uma piscina de borda infinita que dá de cara para a bela baía de Tonsai; então, mesmo se o tempo não abrir à tarde (com este mormaço indefinido, tudo é possível), acho que não terei do que reclamar da vida...

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