sábado, 17 de junho de 2017

Comidinhas vietnamitas de lamber os beiços!

Quando vou para Berlim, se me deixarem eu almoço e janto em restaurantes vietnamitas todos os dias. Chegar ao Monsieur Vuong ou ao Good Morning Vietnam, ambos no Mitte, e pedir crispy rolls de entrada antes de devorar algum prato do dia é um dos meus pequenos rituais de viagem. Claro que eu ia me refestelar no Vietnã em si, ainda mais em uma cidade com gastronomia tão rica como Hoi An.

Este lugarzinho de paredes amarelas puídas é fofo até no nome - chama-se The Little Menu! - e faz os melhores crispy rolls de pato da cidade. A textura dessa massinha, formada por vários pequenos filetes crocantes fritos, é algo inacreditável. Dá vontade de pedir uma porção atrás da outra.

Mas resisti à tentação de repetir os rolinhos. Em vez disso, pedi um bun chã, porção daquele mesmo macarrão vermicelli de arroz que se usa no phô que conhecemos do Bom Retiro, mas aqui fresco e à temperatura natural, para se comer com pedaços de frango e pato, salada e aquele molhinho mágico, feito de fish sauce e nuóc cham, que ilumina tudo (acho que não dá pra traduzir, nem encontrar esses temperos no Brasl; corrijam-me se eu estiver errado).

Outro lugar que vai deixar saudades nesta pequena potência gastronômica é o Cargo Club. Estas entradinhas... a da esquerda são crocantes won ton de carne de caranguejo desfiada com ervas e temperinhos; à direita, White Rose dumplings de camarões e vegetais, com raspas de alho crocantes; as duas levam aquela "xuxada" generosa no tal molhinho mágico, ao mesmo tempo picante e levemente adocicado, antes de se desmancharem em sabores na boca. Ai ai ai!

Depois ainda teve espaço para esta estupenda pork belly (barriga de porco) em caramelo de cinco especiarias, que estava desmanchando ao toque do garfo. Uma coisa! Aliás, sempre gostei de aproveitar minhas viagens para comer muito camarão e frutos do mar, mas fiquei surpreso com a quantidade de pratos marcantes que comi na Ásia com porco.

Um dos quitutes icônicos do Vietnã, o bánh mí é um sanduíche de baguete (trazida pelos franceses) recheado de carne de porco ou frango, mais pepino, cenoura, coentro e algumas pimentas. É lanche rápido para se fazer a qualquer hora.

Este bánh mí em particular virou figurinha carimbada em vários roteiros de viagem depois que o chef-celebridade Anthony Bourdain o classificou como o melhor do mundo. Custa 20 mil dongs (menos de um dólar) e leva um monte de molhinhos, ervas e patês que valorizam ainda mais o gosto do pernil e dão liga ao sanduíche. É picante, mas não incendiário, e bem saboroso. (Por via das dúvidas, mantive a garrafinha de bebida à base de leite de coco ao alcance da minha mão, para qualquer eventualidade!)

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