segunda-feira, 7 de junho de 2010

Declínio ou entressafra?

Quando foi dada a largada para os festejos da Semana do Orgulho Gay, o comentário que se ouvia nas rodinhas era um só: havia menos gente do que o usual, e muitos rostos conhecidos de fora não deram as caras. Se em 2008 o Pride paulistano quebrou todos os recordes e a cidade viveu cinco dias de delírio coletivo, desta vez tudo foi menas, bem menas, desde o buxixo diurno na região da Paulista e Jardins até as festas em si. Enquanto nos áureos tempos sobrava público para lotar todas as noites, em 2010 faltou gás em vários lugares: na quinta, o Café Com Vodka teve que dispensar DJs e a Maxima não atraiu mais do que 400 pessoas, deixando metade da pista da Megga vazia.

Mesmo nas festas que puderam se considerar bem sucedidas, como as produzidas pela The Week, o movimento ficou aquém do que se habituou a esperar nessa época. Tanto que o preço do ingresso na porta foi no máximo R$20 superior ao valor do primeiro lote - um dado bastante sintomático, que revela uma procura abaixo do esperado. Na sexta, o movimento da TW foi suficiente apenas para encher a pista 1, algo comparável a um bom sábado normal da casa. O clube só decolou de verdade no sábado, com a tradicional maratona pilotada por Peter Rauhofer - e, mesmo assim, sem a superlotação dramática dos anos anteriores, quando não havia espaço nem nos corredores externos.

A GiraSol de sábado à tarde manteve o título de melhor festa da Parada. A equipe de André Almada conseguiu transpor para o Clube Nacional o mesmo feeling alegre que marcou a história do projeto no Clube de Regatas Tietê - o espaço menor da locação nova ajudou a disfarçar a redução do público. O palco estava enfeitado por uma escadaria de belíssimos dançarinos, idêntica à da pool party do Circuit Festival 2008, em Barcelona. Contrariando todas as previsões, não caiu uma única gota da chuva que estava prometida para todo o dia. Não foram poucos os que escolheram a GiraSol como sua única jogação em 2010, o que mostra que esse projeto se tornou a vitrine mais importante da grade de festas da TW. Não há festa melhor para encontrar os amigos: todo mundo que veio ou ficou em SP estava lá. O repeteco no domingo encheu menos, mas brindou o público com o melhor momento musical da temporada, no set inspirado de Russell Small (Freemasons).

Sempre tento não me limitar às festas e prestigiar outros eventos, até para dar uma variada nos ambientes e tipos de público. Na quinta, fui novamente ao Vale do Anhangabaú para conferir a Feira Cultural, mas desta vez não consegui ficar mais do que meia hora. Eu adorava o clima das primeiras edições, na época do Largo do Arouche, mas hoje sinto que o evento não me agrada mais. Nada ou ninguém ali tem a ver comigo, e acho que estou vivendo um momento mais prático, em que prefiro investir em afinidades do que em diferenças. Esse bode me fez abortar o Gay Day do Playcenter e a própria Parada no domingo - eu me contentei em acompanhá-la pela excelente cobertura feita pelo Mix Brasil (que, convenhamos, já escrevia twittando muitos anos antes de o Twitter ter sido inventado) e soube que o evento foi rapidíssimo, tipo DisParada mesmo. Mas bem mais tranquilo e seguro que as edições anteriores.

Nas conversas com amigos, ouvi algumas possíveis explicações para a queda de público desta Semana da Parada, mas nenhuma delas me convenceu. I. disse que muita gente de fora resolveu pular a temporada paulistana para economizar dinheiro e ir à Europa em julho e/ou ao Sauípe em novembro; até enxergo que isso tenha acontecido em casos isolados, mas não que isso chegue a explicar o fenômeno como um todo. L.A. acredita que hoje a cena gay passou a fazer festonas com maior freqüência e isso diluiu o impacto da Parada ("toda hora tem festa!"); eu discordo, acho que as festas ao longo do ano não competem nem com Carnaval, nem com Parada. C. colocou a culpa nas atrações repetidas, mas, sinceramente? A maioria não dá a mínima para quem será o DJ e, no fim das contas, considerando o quanto o público gay é careta e conservador, trazer os mesmos "medalhões" mais atrai do que afugenta.

É fato que não tivemos aqui a mesma "eletricidade no ar" de outros anos, para usar as palavras do Tony. De qualquer forma, acho precipitado falar em uma mudança de comportamento apenas a partir do que vimos neste ano; essa pode ter sido uma queda isolada, uma entressafra passageira. Se o formato das maxijogações estivesse mesmo dando sinais de cansaço, os próprios Carnavais teriam sofrido um baque, o que não aconteceu. Se em 2011 tivermos outra parada morna, aí sim aceitarei que o buraco é mais embaixo e estamos, afinal, vivendo uma mudança de paradigma. E, para terminar, verdade seja dita: se a cena encolheu um pouco e as festas não repetiram a lotação dos outros anos, o fato é que ninguém ali se divertiu menos por causa disso.

[UPDATE: Já vieram me perguntar qual foi "a" música desta temporada. Não tivemos nenhum grande hino em 2010 - já adianto que Lady Gaga tocou muito mais na Parada em si do que nas festas. Mas a música que ficou na minha cabeça foi esta aqui, um momento marcante do set do Peter].

23 comentários:

Baiano disse...

Tiago, boa observação.

Acredito que você mesmo tem a resposta para a questão, em um de seus recentes posts anteriores. O esquema está cansando... e a verdade é que são poucos os turistas veteranos que se despencam pra SP numa época cheia de gente feia, lotada e desconfortável. Por aqui sempre dizemos que o melhor de SP é fora da parada, e o que vemos todos os anos são sempre principantes indo, ou veteranos que insistem em procurar na Parada o sabor de outrora.

Acho sim que Sauipe mecheu com os planos das pessoas. A verdade é que nem todas têm dinheiro/disposição para duas mega programações gays (sendo Sauipe muito mais caro). As festas ano passado da Hell e Heaven foram INCRIVEIS, em beleza, conforto, atracoes, etc, tudo ou muita coisa que hoje a Parada de SP nao consegue reunir. E vc sabe, as phinnas adoram uma novidade, e definitivamente a Bahia em novembro será o estouro de 2010.

Não é a toa que a TW nos corredores da noite está fazendo reuniões e mais reuniões... preocupada com o êxito de seus "excluídos bem sucedidos", como Felipe Lira e Ana Paula, já agenciados pela nova HH Booking. Acho que hoje e agora uma reunião dessas deve estar rolando... e mais ligações interurbanas também.

Quero só manifestar que ninguém merece André Garça nesse time de djs agenciados pela HH. Pura politicagem com o cenacarioca, pra ter divulgação no Rio.

Espero que você venha também pra Sauípe!

Bjs

Em Cima disse...

Ou então as bee estão ficando "velhas", cansando da mesmice de jogação de quarta a domingo nos mesmos lugares, com as mesmas caras (e os mesmos carões) e a "safra nova" que estaria aparecendo por ae está na verdade cagando para essa jogação gay, ou o fato dela ser gay ou não. Enfim, just a thought.

Paulo disse...

Hmmm... sei lá, talvez a lotação em escala geométrica dos últimos anos tenha afugentado muita gente! Pelo menos, eu e todos meus amigos abortamos tanto a Parada quanto as festas! Preferimos viajar e sair de São Paulo esse ano!

Ir nas baladas para pegar filas enormes, bares lotados, meia hora para chegar no banheiro e pistas completamente cheias? To fora!

Ir para a av. Paulista para ver a Parada e ser praticamente levado por aquele arrastão de pessoas que passam atrás dos trios, e que agora seguem acompanhando por toda a extensão da avenida, nas duas pistas?? To fora!!

E garanto que meu final de semana foi bem melhor longe de tudo isso, hehe!!

beijo!

PS.: Ah, pelo visto você descobriu o nome da música... ;-)

Daniel disse...

O que eu notei também foi uma "mudernização" do público da TW. Vi menos barbies e mais fashionistas. Será essa a renovação que está acontecendo? Barbies se aposentando e um público novo menos bombado e mais vestido ocupando o seu lugar?

Rafael disse...

Independente da causa, o ocorrido acaba por forçar uam revisão de modelos e quem sabe novas boas ideias não apareçam para o ano que vem?

Marcus Lara disse...

Acho que foi apenas um ano atípico e que veio em boa hora, assim André Almada e seu clã terão de repensar as festas que sempre contam com os mesmos DJs, não que eles não sejam bons, só que estão se repetindo demais, cansando.
No fim das contas foi até melhor ter menos gente, menos fila, menos aperto, menos tudo, ruim foi ter menos gente bonita que nos outros anos.
Se for ver bem, no Brasil estamos tendo boas opções de festas num espaço pequeno, como Reveillon no Rio, depois Caranval em Floripa, logo em seguida a Parada Gay em SP que antes ainda tem o Skol Sensation que atrai muita gente de fora e agora a Heaven and Hell na Bahia, que apesar de achar que nosso amigo baiano ai em cima se empolgou, tem tudo pra vingar e entrar no calendário gay como Rio, Floripa e SP, basta a gente fazer acontecer . Por isso acho que nem todos têm esse dinheiro pra gastar o ano inteiro com essas festas que no fim saem caro, e elas não vão deixar de comprar sua calças Diesel para ir a todas as festas...

Thiago Lasco disse...

Baiano: Eu pretendo ir ao Sauípe sim, desde que minha agenda permita! É que minhas provas finais e a defesa do TCC caem na mesma época do H&H... Quanto às suas colocações, acho que vc exagerou um pouco. As festas da Parada aqui podiam ser lotadas e às vezes desconfortáveis, mas sempre tiveram muita gente bonita também! Neste ano inclusive. E, sem querer subestimar o H&H (que é uma ideia em que eu tb aposto), ele pode ter encantado as pessoas que compareceram, mas será mesmo que ele sozinho foi capaz de desestimular tanta gente a vir pra SP? Muita calma, meu rei! ;)

Em Cima: Que existe uma nova geração aparecendo por aí, é fato. Eu estava inclusive comentando isso com um amigo recentemente, quando dei um giro a pé pela região do Baixo Augusta e Frei Caneca. Não podemos esquecer que essa cena TW / barbies / circuit parties é apenas um recorte dentro de um universo gay que é muito maior!

Paulo: A lotação assustou, essas pessoas fugiram e a lotação diminuiu. Um exemplo típico de autorregulação do mercado! ;)

Daniel: Gato, o público estava mais vestido sim - porque fazia um frio do cão, só isso!

Ruy: Sim, a cena é dinâmica! O lance é que o modelo consagrado deu muito certo por muito tempo, e como "não se mexe em time que está ganhando", a tendência é que as mudanças só comecem quando surgirem sinais de cansaço. Ainda assim, ainda sou meio reticente, temos que refletir com cautela antes de sair por aí decretando que a procura caiu por esse motivo!

Marcus Lara: Tb acho que esse refresco na lotação teve seu lado bom! Se o número absoluto de pessoas caiu, inevitável que nessa leva também se incluam alguns "bonitos". Mas acho que as pistas da GiraSol e do Peter ainda davam um bom caldo... não?

Vizinho disse...

Cheguei às 16h na GiraSol e ainda não tinham aberto os portões, a festa começaria às 15h. Mas encheu, estava legal, mas muuuuuito frrrrrio. Depois fui pra TW, encontrei Daniel mas não encontrei você. Estava muito cheia! E Daniel... a pista grande só tinha barbies! Suzies, vai... kkkk. Mas eu acho que há sim uma mudança de comportamento das gays brasileiras. Balada gay virou sinônimo de muita colocação. Quem não curte se cagar, não vai, ou melhor, não vem pra SP. A Parada em si, o desfile de domingo, não é mais a atração principal, e quem não gosta de festa prefere mesmo aproveitar o Corpus Christi em um roteiro menos pesadón. Isso é o que eu acho, e o que vou fazer no próximo ano. São 7 anos que participo das festas e da Parada (que até foi tranquila este ano - eu fui tb) mas ano que vem, eu serei mais um que fugirei de São Paulo nessa semana de festas rumo à Costa do Suípe, tomaaaaannnra!!!! I prefer! =*)

Paulo Ronison Amorim disse...

Hoje conversava com um colega de trabalho que fez pesquisa sobre perfil de turista no dia da parada, e comentavamos q o domingo da parada naum serve de base mais pra esse trabalho. Uma coisa eh certa, as baladas tb naum sao o unico termometro para saber se o movimento foi maior q os outros anos. De qq forma, destaco que a TW conseguiu fazer eventos super organizados, reunindo mta gente bonita e a vibe estava incrivel! Outro fato que percebo eh que turmas de todo o Brasil estao se misturando, esta sendo criada uma grande comunidade que reconhece Sampa como a cidade friendly. Daqui uns anos mtos irao se mudar pra ca!

K. disse...

Em meio às críticas pesadas dos dois anos anteriores, acho que muita gente preferiu deixar a Parada e toda sua programação de lado. Ela perdeu seu efeito, a programação paralela de conteúdo nunca agradou e as festas ficaram conhecidas pelo apertamento, filas, problemas.

Entre meus amigos, nenhum sequer cogitou a Parada: "Pra quê? Não tem motivo, as festas lotam e são sempre iguais, o resto nem sei o que é".

Tive a mesma atitude. Descaso puro.

Mas, no fundo, acho que resume-se a um sentimento de "não pertencimento", que não é culpa somente da Parada, mas também (e em grande parte) dos outros dias do ano em que os gays se isolam, se separam, geram preconceitos internos, alimentam rixas... Microcosmos têm os mesmos problemas dos macros.

DPNN disse...

Também não fui à Parada, mas não achei que os dias anteriores estavam vazios. Pelo menos na parte por onde circulei, a área do Arouche. No sábado à noite ela estava muito, muito, muito mais cheia do que o normal. Tive de rodar muito para achar um barzinho que me coubesse - e era cedo, por volta das 22h. As ruas estavam repletas de caras novas, incluindo muitos gringos. Acho muito mais interessante, para quem é de fora, aproveitar a noite conhecendo os lugares desta forma do que ficando trancado dentro de uma casa noturna, coisa que existe em qualquer lugar.
Sobre a Parada em si, acho que apenas mudou a geração, a garotada foi e se divertiu. 3,5 milhões de pessoas sempre foi ficção. A população de Berlim inteira não cabe naquele espaço.

Lourival Lima Jr disse...

(continuando)

E acho que tudo também faz parte do nosso processo de envelhecimento. O público que está chegando, o mais jovem, tem uma cabeça diferente. Seriam as ditas "bees veteranas" aquelas que batiam cartão na B.A.S.E. e na Level e que raramente vão a TW, pois não se identificam mais com a noite? Eu saio na noite GLS apenas há sete anos, porém tudo parece ter se tornado mais do mesmo. Aqueles que cresceram a partir da "geração Level" são bem diferentes que o da "geração The Week". Tenho a impressão que os primeiros são aqueles que fizeram bacharelado em balada com ênfase em pegação, enquanto os segundos fizeram o bacharelado com ênfase em colocação. Esse dito "Universo Perfeito" divulgado em exaustão pela The Week, e atualmente visto como novo parâmetro para qualquer empreitada na noite, planta na cabeça desse pessoal mais jovem a sensação de luxo, a valorização de que tudo tem que ser grandioso. Hoje vemos que o povo gasta mais, se coloca mais e vive mais de aparência. E tenho visto isso principalmente entre os mais jovens. As ditas "veteranas" já se cansaram do formato "The Week". A casa não lota mais como antes em dias normais e parece que esse fator está estendendo-se para a Parada. E não creio que seja falta de turistas, mas dos anfitriões não fazerem mais questão de comparecer em peso. Como disse meu namorado "The Week nós temos todas as semanas".

Tudo que tinha para ser um feriado de muito lucro deve ter se revelado como uma decepção para as casas e festas. Por que tão pouco público? Menos turistas? O povo cansou do frio paulistano? Mas não estamos vivendo um momento econômico propício? Ou será que os hotéis, antevendo o movimento, aumentaram em demasia suas diárias?

No momento, só dá para especular. Todos nós sabemos que a maioria dos turistas vem pelas festas, não pela parada em si. Há tempos a classe média/alta LGBT perdeu interesse em militar. Sai a militância e entra um Carnaval fora de época. Todos adoram a farra, mas creio que a referida "falta de eletricidade" deva-se ao fato de colocarmos o tão proclamado orgulho de lado em favor da jogação, seja no Sábado ou no próprio Domingo em alguma pool. Ir à Parada significa comparecer às festas. E o dito "orgulho GLBT" acaba se resumindo em estar com o corpo sarado, suado, com óculos escuros, sacudindo levemente a cabeça de um lado para o outro e rebolando dentro de uma Diesel. É o orgulho do "yes, I can!”. And I know it’s only Rock and Roll, but I like it, like it, yes, I do!

Lourival Lima Jr disse...

Posso dizer que, pelo que andei conversando com amigos, o burburinho foi bem menor. Só saí na Quarta e por motivos particulares eu e meu namorado vendemos os convites dos outros dias.

Mas acho que a partir do seu texto eu posso contribuir com algo que venho observando não apenas de hoje, mas desde ano passado.

Acho que existem diversos fatores que contribuíram para um movimento menor este ano na Parada e isso já tenho observado a algum tempo. Em conversas com amigos, muitos tinham decidido viajar ou sair 2 dias no máximo. A Girassol, no Sábado, virou festa obrigatória. Festas na The Week, o povo resolveu deixar passar. A superlotação de 2008 assustou os paulistanos. A falta de educação generalizada dos turistas também. Muitos amigos diziam: "Não vou Sábado pois vai estar lotado demais e o povo faz muito carão". Os habitues querem conforto e, como você mesmo disse, pouco importa quem está tocando.

Creio que o sucesso da Girassol deva-se a locação diferente. A The Week é boa? Sim, mas já deu o quê tinha que dar em termos de espaço. Apesar de sempre haverem mudanças, já conhecemos cada cantinho da pista (alguns conhecem cada plantinha do jardim, chama até pelo nome... rs). A Toy no moinho foi ótima, assim como a festa com Tony Moran deve ter sido, principalmente por tratar-se de um local diferente. É interessante a magia que uma mudança de locação pode trazer.

Achei interessante levantar o ponto em relação a, digamos, "expansão" do calendário gay. Reveillon no Rio, Freedom On Board, carnaval em Floripa, Skol Sensation, Parada, Aniversário da The Week, Aniversário da Babylon, Hell & Heaven, White Party. Acho que podemos citar esses eventos como sendo o "calendário oficial das bees" atualmente. Logicamente, alguns eventos têm maior peso que outros assim como em uns se gasta mais que em outros. Com essa demanda de gastos e mais gastos e não sendo todas "ricas, pheenas e herdeiras" para arcar com tudo sem correr o risco de ter o nome incluído no SERASA, creio ser normal ser um pouco mais seletivo em relação a eventos e passar a optar por aqueles que trazem algo de diferente. Vejam o sucesso do Freedom On Board, por exemplo.

Inicialmente também pensei que o preço dos ingressos tivesse sido um problema. Porém, reconheço que em comparação com os ingressos do carnaval em Floripa, estavam bem acessíveis.

Desinteresse do público? Com certeza. Seja Reveillon, Carnaval ou Parada, já sabemos de antemão qual vai ser o leque de DJs que a The Week deve trazer. Ela não pode arriscar em se queimar em época tão importante. Mas agora precisa encarar que o movimento talvez possa estar diminuindo pelo fato do público não se animar tanto quanto antes (se é que a maioria vai pela colocação e pela pegação, a música só precisa estar, digamos, "dançável"). E a decoração? A infra? Pelo que ouvi, ficaram bem a desejar. Onde ficou a grandiosidade das festas da The Week, como os aniversários da casa em 2005 e 2006?

Certamente, a Parada não é só The Week. Mas é aonde o público bonito vai! E gente bonita atrai mais gente bonita. Achei ótimo este ano termos mais opções, mas ainda fica muito claro que, nessa época, The Week é “A” balada. E isso talvez leve alguns anos para mudar.
(continua)

Daniel disse...

Quando eu digo que havia mais fashionistas, me refiro a gente com cara de modelete/ator/Gambiarra e afins. O fumódromo então parecia Fashion Week de tanto carão blasé.

Pode ser que eles já estivessem frequentando a TWSP e eu é que não tinha notado (a última vez que estive foi em março).

Achei as barbies menos malhadas e até mais barrigudas esse ano. Será que é porque a parada caiu a menos de 6 meses do carnaval e não deu tempo de fazer outro ciclo?

Anonymous disse...

Por que ninguém falou do frio??!!!

Paulo Braccini - Bratz disse...

Fui mais uma vez para Sampa ... confesso que curti muito o entorno dos eventos e aprovei ... qto às baladas prefiro fora desta temporada e a parada em si achei que entrou em declínio sim ... mas enfim ... está valendo ...

bjux

;-)

Lourival Lima Jr disse...

Mas Daniel, a Parada sempre cai em Corpus Christi que sempre tem a mesma distância em dias do Carnaval. O Carnaval sempre cai 47 dias antes da Páscoa e Corpus Christi sempre cai 60 dias após a Páscoa.

Baiano disse...

Hm...

do que li, tenho a dizer o seguinte, de fato não é só a Hell e Heaven, com certeza a existência do Skoll Sensation acaba disputando a atenção também. Eu não tinha reparado nisso, mas muitos muitos amigos foram pra SP no Skoll e não na Parada.

Com relação a Sauipe, tomara que você possa ir sim, e tenho certeza que vai entender minha empolgação.

*Eu continuo achando que a Parada tem muita farofa e que as melhores épocas em SP são fora dessa época.

Bjs!

melo disse...

deglutindo tudo...depois opino..

Marcao disse...

Olá Thiaghito,
Bem...estavámos esperando para ler os posts sobre as festas da parada aqui e nos outros. Como te falei, nao saimos da montanha porque priorizamos outra coisa, mas pelo que nos contaram e pelo que foi lido aqui...nao perdemos nada! 'Tudo igual, tudo sem glamour' foi o que ouvimos de varios amigos...
Será tempo de renovação de fórmula? Sera que passamos da idade como já disse alguém nos comments?
Abracao M&J CWB

Wans disse...

Tb amava quando as feiras aconteciam no Arouche. Era muito mais nossa cara.

Esse ano, Melo e eu preferimos ver a banda passar. Ficamos ali na consolação vendo os carros e rindo com as colocadas. Depois, descemos e já estávamos em casa.

Ó, não rolou agora, mas marcaremos para levá-lo ao bailão,ok?

bjão!

rodrigo :) disse...

no meu caso... . diferente dos outros anos, que passei o feriado inteiro curtindo as festas da the week.. dessa vez cheguei no sábado e voltei segunda.... fui em apenas duas festas.. que estavam ótimas.... optei em não ir em todas porque não tenho mais saco pra tudo isso.. continuo curtindo.. mas em proporções bem menores...

Daniel disse...

É verdade, Lourival. Falha minha (e olha que eu dei essa mesma explicação sobre calendário religioso no blog do Paulo).