sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Complexo de índio

Quando as nuvens se dissipam e o sol irradia sua luz sobre o Rio de Janeiro, cada centímetro de areia da praia de Ipanema é preenchido por cariocas e turistas querendo dourar o pandeiro e colocar o papo em dia cazamiga. Daí que a gente acaba participando involuntariamente da conversa de quem está perto (especialmente quem vai à praia sozinho e tem medo de trazer o iPod, como eu). Dia desses, meus vizinhos de Coqueirão eram dois rapazes brasileiros (como nenhum sotaque me chamou a atenção, vou assumir que eram paulistas, mas não posso afirmar com certeza) e dois estrangeiros (um deles era provavelmente inglês, e o outro devia ser francês ou belga). Aquela era a primeira visita dos gringos, e os brazucas tentavam, a seu modo, fazer as honras da casa, falando sobre a cidade e o país.

É claro que cada um tem seus gostos e opiniões e faz um recorte diferente do país em que vive. Mas os dois brasileiros fizeram um recorte, digamos, peculiar do Rio. Entre outras dicas, recomendaram comer no Le Vin ("filial de um ótimo restaurante francês lá de São Paulo") e avisaram que o Shopping Leblon dispunha de lojas da Diesel e da Armani Exchange, e mais uma multimarcas "xis" que vendia jeans de ótimas grifes de fora. Em relação a baladas, "até tem umas boates e festas por aí, mas nada que chegue aos pés da noite de Londres!", sentenciou um deles. Essa foi a deixa para que os dois começassem a tecer loas sobre a noite e o estilo dos europeus, e também disputassem entre si quem conhecia mais clubes e era mais íntimo dos melhores endereços de Londres e Paris.

Não sei se os gringos se sentiram lisonjeados com tamanha deferência, ou se ficaram pensando que o brasileiro é um povo sem muita autoestima. Será que eles haviam decidido voar para o Brasil para comer steak tartar e comprar calças da Diesel? Se eu estivesse na pele deles e me montassem esse roteiro, no mínimo eu soltaria um "puxa, nem parece que estamos no Brasil!", em tom de ironia. Para os dois nativos, porém, estava claro que o valor do Rio (e do Brasil) se media por sua capacidade de assimilar referências estrangeiras e estar up-to-date com o que era consumido nos grandes centros urbanos europeus. Assim, a melhor maneira de impressionar aqueles turistas era mostrar a eles que ali também se vendia Armani.

Não estou questionando o nosso apreço por aquilo que é estrangeiro (nem poderia fazê-lo, já que eu mesmo admiro inúmeras coisas vindas de fora), mas sim o desapreço de muitos de nós por aquilo que é brasileiro. É como se tivéssemos internalizado a ideia de que a herança colonial e o subdesenvolvimento fazem do Brasil um país inferior em todos os aspectos, e cuja cultura não merece ser descoberta e prestigiada. Os dois nativos podem ter dado aquelas dicas para os gringos porque realmente apreciavam os lugares citados; mas eu arrisco dizer que talvez eles não tenham sido capazes de montar um roteiro genuinamente brasileiro do Rio, por puro desconhecimento. Não seria de se admirar, dado o desinteresse que demonstravam pelo próprio país (que deviam conhecer menos do que a Europa).

Paradoxalmente, o que minhas vivências no Exterior me ensinaram foi que poucas nacionalidades são tão festejadas lá fora quanto a nossa. Quando perguntam de onde somos e respondemos "Brasil", a reação dos interlocutores jamais é de indiferença; não raro, é de festa mesmo. Valorizam-se muitas qualidades atribuídas ao nosso povo: espontâneos, comunicativos, passionais, de uma animação contagiante. Isso sem falar na fama de bons de cama, dentro e fora do meio gay. Não pretendo discutir aqui até que ponto esses (pre)conceitos se aplicam, onde termina a tal cordialidade defendida por Sérgio Buarque de Holanda e onde começam os mitos, mas o fato é que ser brasileiro pega bem lá fora. Mesmo que nosso passaporte não seja o mais admirado pelo setor de imigração de alguns aeroportos, mesmo que em certos contextos específicos nosso povo seja associado a referências pejorativas (a mulher vulgar, o michê trambiqueiro), o Brasil está na moda. Com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, então, nem se fala.

Quem decide viajar está se dispondo a mergulhar na cultura do país visitado. Descobrir novos costumes, novas comidas, novos estilos, é aí que está a graça da brincadeira. Pena que os dois paulistas do Coqueirão não entenderam isso. Para eles, era mais importante pedir a bênção daqueles caras-pálidas. E eles não estão sozinhos. Em pleno século 21, muitos brasileiros ainda vivem em função da aprovação gringa. Vibramos quando, ao ler a resenha de um show, ficamos sabendo que a Madonna, a Kylie Minogue e a Lily Allen amaram a gente e disseram que fomos o melhor público que elas tiveram em suas turnês. Ainda precisamos ouvir dos outros que temos valor. Quando será que finalmente vamos nos convencer de que, sim, nós somos legais pra caramba?

20 comentários:

beto disse...

gostei da essencia do texto, mas achei a conclusao ufanistica demais.
alguns de nos somos legais pra caramba, outros sao o pior da escoria. como em qualquer lugar do mundo.
mas tb acho ridiculo essa necessidade de validaçao de nossas qualidades e virtudes pelos estrangeiros. sindrome de pais de terceiro mundo ou lugar pequeno... ja somos bem grandinhos para deixar isso de lado.
e nao faz sentido levar gringo na armani ou diesel, aqui custa o dobro e a seleçao e obviamente menor do que na europa ou eua.
so levo gringo na oscar freire para tomar cafe e sorvete e olhar o povo passar e ir na megastore Havaianas... levo no mercadao municipal, ou pra comer pastel na benedito (eles ou adoram ou odeiam a muvuca, mas sempre gostam do visual!), no museu de arte sacra, no topo do unique ou edificio italia pra ver a cidade, na fundaçao oscar americano pra ver uma mini floresta etc etc.. e na the week pq poucos lugares no mundo conseguem por mais de 2000 viados todo sabado no mesmo lugar...
mas nao acho vantagem prum pais ser conhecido no exterior basicamento pelo sexo/dotes fisicos; isso acaba e trazendo muito gringo para fomentar prostituiçao (infantil ate) por aqui.
outro dia mesmo pensei nisso, pois descobri mais um produto brasileiro de exportaçao (alem de jogador de futebol, putas e miches): jogador de voleibol: mas no fim tudo ligago ao corpo... seria bom sermos conhecidos por algo cerebral tb para variar!
no lado de visao negativa de brasileiros, acrescento mais uma: em portugal somos as vezes considerados como falsos e cinicos: o jeitinho brasileiro, a incapacidade de dizer nao quando se quer dizer isso, e a enrolaçao dos outros nem sempre pega bem.

Fernando disse...

Definitivamente o melhor texto que eu poderia ter lido agora (já nao estou mais na Alemanha, mas nos meus dias em Zurique antes da volta ao Brasil).

A minha estadia na Europa me fez pensar muito sobre como a socidade brasileira se enxerga, e tem processado esse "desenvolvimento economico" que temos vivido nas últimas duas décadas. E ficar muito preocupado por perceber que estamos muito mais perto dos chineses que consomem indiscriminadamente QUALQUER produto de marca, ou fazer cirurgia plástica nos olhos para ficar mais "ocidentais" do que de um povo que consegue aliar a cultura local com as novidades que um mundo globalizado acabar oferecendo.

Em outras palavras: somos mesmo um bando de imbecis. Temos uma cultura extremamente desenvolvida e rica, um estilo de vida invejado pelo planeta inteiro (inclusive pelas tao baladas Londres, Paris e Berlim: eu sei, eu estive lá) e o nosso país tem uma das imagens mais positivas que um país pode ter aqui fora (comparacao: acha que alguém é simpático com... alemao?). E continuamos insistindo na fórmula "copiar o que vem lá de fora, chamar os locais de subdesenvolvidos e pagar infinitamente pau para gringo".

Bate um orgulho enorme abrir uma Vogue espanhola e ler uma secao inteira dedicada ao "Brazilian Life Style". Bate um orgulho enorme ver um Festival de Cinema Brasileiro: Em Estocolmo. Bate um orgulho enorme de ver um restaurante de culinária brasileira em Wroclaw, Polonia.

Mas dá um cansaco enorme de ver brasileiro reclamando das mesmissimas coisas. E tentando pagar uma de cool e hype com coisas que... sinceramente, aqui na Europa sao tao outdate, sooo last season (porque Armani e Diesel, até lixeiro de Estocolmo tem. Agora, estilo para se vestir bem com pecinhas de H&M que custam menos de 5€... Ah querido, ISSO é o dificil...).

O Brasil nao tá na moda: o Brasil já passou desse estágio. Temos um estilo de vida, cultura, e economia se tornando cada vez mais conhecidas, globalizadas e competentes internacionalmente. E honey: se a gente nao tiver orgulho do nosso produto e querer pagar de ser uma coisa que nós NAO somos... quem vai querer comprar?

Beijos,
Amei o post!

Anonymous disse...

Concordo em gênero, número e grau. O Rio é uma cidade com tantas referências. Eles podiam ter recomendado qualquer uma das lojas de suco natural, que não tem igual no mundo (o BB Lanches é a minha favorita). Se quisesem impressionar, podiam indicar uma loja brasileira de sungas e bermudas (Osklen e Blue Man, por exemplo). Ou um ótimo restaurante com comida brasileira - Roberta Sudbrack, por exemplo. Ou tomar açaí, ou tomar água de coco na praia... Enfim, acho que somos, sim, legais pra caramba.

Luca disse...

Adorei o post. Como "gringo" posso acrescentar que quem vem da Europa para o Brasil quer ver lugares tipicamente Brasileiros, ouvir musica brasileira e beijar homens que nao lembrem da Europa mas do Brasil...esse Pais maravilhoso de que todo mundo gosto fora os mauricinhos que so' assistem tv satellite e viajam para a Europa/EUA. Os brasileiros as vezes acham as coisas tipicamente brasileiras "coisa de pobre" por darem uma de rico (sejam ou nao sejam)...um reflexo de uma sociedade das "classes" onde as pessoas sao julgadas e definidas pelo dinherio MUITO mais do que na Europa (essa è a unica coisa de que nao gosto do Brasil e as vezes me assusta devido ao tamanho desse preconceito). A sindrome "casa grande & senzala" infelizmente ainda existe na mentalidade de alguns (e nas novelas da Rede Globo...nao sei como os negros brasileiros aturam aquelas ofensas diarias).
Enfim, mais uma vez parabens pelo post e desc. pelos erros/falta de acentuaçao

Anonymous disse...

Eu desprezo o eixo Londres-Paris. Acho a maior chatice! A vida noturna de lá é uma m***! E várias outras cidades europeias têm menos vida até do que os cemitérios cariocas! Aquele outro velho papo de que NY nunca dorme é, sem dúvida, a MAIOR mentira! Dorme sim, e cedo! Enfim, não querendo ser ufanista, acho o Brasil demais!

Mas sobre o oba-oba com os brasileiros no exterior, acho que é bom a gente ficar ligado, porque nosso imperialismo de país emergente começa a render frutos nada agradáveis no exterior. Aquela ideia de cercar as favelas cariocas com muros pegou muuuuuito mal. Bem como diversos outros pontos, boa parte deles referentes a nossa política externa desastrosa! Mas o pior foi ver que, aqui no Brasil, quase ninguém criticou nem comentou as críticas que nós recebemos! É melhor pôr a mão na consciência e ficar bem atento.

livia disse...

muito interessante o texto! e tbm os argumentos trazidos aqui..
apesar de tudo, eu tambem vejo o oposto dessa atitude ser usada Às vezes em excesso. é que uma coisa que eu noto de engraçado em nós, brasileiros, é essa mania também de falar de si, de se definir, de se "apresentar " para os estrangeiros..
já vi tanta gente quando encontra um gringo começar a tagarelar: "ah, mas aqui a gente faz assim, no brasil o povo gosta assado" etc.
é um saco viu? sinceramente..
eu vi isso - e da maneira mais tediosa e pedante possível- no programa que o antony bourdan (nao sei como escreve, mas adoro!) gravou aqui, em SP.
maior vergonha alheia das mulheres que ficaram entupindo ele de caipirinha e abraçando, agarrando , beijando porque "aqui a gente gosta de se pegar"...
eu ein

Rodrigo disse...

Thiago,
Gostei muito do seu texto. Engraçado que o Fernando (Lost und found in translation) e eu já havíamos comentado sobre o complexo de inferioridade brasileiro em um post do Tony Goes intitulado “Loba boba”. Na verdade, eu não sei nem se é complexo de inferioridade, é mais uma mentalidade etapista mesmo. A gente tem sim uma mentalidade de classe média, levantamos uma bandeira dos detentores de todo o poder e crítica cultural, enquanto quem realmente estuda e mapeia cultura nesse país diz (Museu Nacional/UFRJ, FFLCH / USP, Antro/ UnB, Itamaraty/MRE para dar alguns exemplos) já sublinha Roque Laraia há muito tempo: “Pessoal, cultura é um conceito antropológico!”. Entretanto, continuamos com esse critério de por tudo em estágios. Quanto mais europeu, mais alto, quanto mais “beradeiro”, mais baixo.
Cultura não tem boa, não tem ruim, cultura é cultura. O seu senso harmônico é que vai determinar o que é bom ou não PARA VOCÊ. Dito isso, é claro que todos têm todo o direito de gostar ou não de, por exemplo, Calypso. A questão é que temos que pensar até que ponto estamos mesmo condicionados dentro desses estágios de classe média. Se eu não gosto de Calypso, não é meio incoerente eu ferver na The Week com o remix de “She Wolf” (para ficar no exemplo que o Fernando e eu já comentamos)? A Shakira está bebendo da mesma água que a Joelma já bebe faz tempo. Resta só saber se é do Rio Guamá ou do Rio Amazonas. Sério, dá uma olhada na coleção da “Calypso vest” e vá me dizer se a Shakira não se repaginou toda baseada naquilo lá?
Dois polegares para cima para seu post. Vamos deixar de sermos “Madames Tupinambás” e nos afirmarmos um pouco mais.

Music is my boyfriend disse...

amigo, sem querer fazer o chato, mas já fazendo... a Copa é em 2014 e as Olimpíadas em 2016. abraço!

Thiago Lasco disse...

M.I.M.B.: isso foi só um teste pra ver se meus leitores estavam atentos! ;) (já corrigi... rs)

Guy Franco disse...

Mas que mocinhos do mal esses. Conhecer shopping em outro país tem muito de deprimente - e retardado. Melhor dançar na areia. Alguém pra dançar comigo?

Junior disse...

O complexo de índio se traduz também em outras formas como o preconceito enraizado contra negros, acentuando a presunção de que todo europeu e norte-americano é idôneo só por ser gringo.
O que não se pode deixar de levar em conta é que essa mentalidade é exacerbada também por sua combinação com um outro sério problema: a péssima distribuição de renda, que faz muitos acreditarem que vale mais quem tem (ou aparenta) mais zeros à direita no banco ou amizades privilegiadas.
Ao pensar que só lá fora é bom, que é melhor ser lavador de pratos na Inglaterra a ser qualquer outra coisa onde nasceu, é perdida a chance de se entender as origens de forma limpa, dando valor correto ao que há de positivo e negativo.
Aproveitando o gancho, o que é turismo? Entupir-se de souvenir, enxergar o ambiente visitado com a mesma perspectiva de quem está num zoológico ou provar de uma outra realidade ao vivê-la? Talvez os cicerones conterrâneos não se dêem conta da resposta em tempo.

Roberto disse...

Muito bom o post.
Acho realmente que muita gente no Brasil não tem muita noção das coisas interessantes que existem em suas cidades e do que turistas estrangeiros buscam quando visitam o Brasil. Claro que muitos buscam sexo, especialmente os gays, mas essencialmente todos buscam ver coisas diferentes das de seus países.
Pra muitos brasileiros o diferente ainda é viajar para fazer compras de marcas famosas e achar que todo mundo viaja por causa disso.

Rubem Matias filho disse...

Mais uma vez...

Post na medida certa... show de bola!

Abração...

tommie disse...

Mil teorias à parte, vai ver eram apenas dois rapazes que não sentem tanta identificação com o país e desfrutam dos prazeres vindos lá de fora, assim como tem gringo morando no Brasil que não gosta muito do seu próprio país e se identifica mais com nossa cultura. Se isso torna a pessoa um ser "inferiorizado", vai saber...

Raul Aguilera disse...

Super válido esse texto Thiago. Reparei na viagem que fiz pro NE que muitos brasileiros acabam comprando "junkie food" ou indo no Bob's ou Mac Donalds (ambos eu acho um lixo) pra comer em vez de experimentar as delícias locais. E isso tudo se encaixa na idéia do complexo de índio... Triste.

Ricardo disse...

Também achei o post um pouco ufanista demais e bastante interpretativo.
Os carinhas com certeza deveriam conhecer as preferencias dos amiguinhos. Afinal, qual o gay que não adora fazer um shopping ?
Já tive amigos gringos que vieram e quizeram sim ir a shopping deixando de lado feirinhas e outros passeios mais típicos enquanto outros quizeram ir somente a Museus e passeios mais culturais e gastronomicos.
Quanto a night em Londres infelizmente nós ainda ficamos devendo mesmo com a "The Week recebendo 2000 viados no Sábado" que ficam posando e fazendo carão a noite toda. Por lá o pessoal se joga mais e com um povo de todo o mundo sem querer ficar impressionando o vendendo idéias do seu país e com isso a vibração é muito maior, até num simples pub gay da periferia.

Anonymous disse...

Falar que adorei seu post seria muitoooo repetitivo porque isso é a regra. Simplesmente perfeito só pra variar, ne? Agora, nesse caso da praia, não sei como vc conseguiu ficar calado. Eu tinha dado um jeito de me meter na conversa e dar uns pitacos. Enfim, vc é que deve mesmo estar certo. Boca fechada nao entra mosquito! rsrs
Adoro essa forma de comunicação que são os blogs. Particularmente pela possibilidade da interação. Outro dia um bloggeiro famoso (rsrs) confessou que acorda e vai direto pro computador ver os comentários da noite. Deve ser mesmo muito gratificante ver a repercussão daquilo que a gente escreveu. Todo trabalho espera um retorno, uma critica, um elogio, qualquer repercussão ja o justifica. Eu não tenho um blog mas tambem gosto de acompanhar os comentários. Gosto muito. Normalmente aprendo muito. Me divirto outras vezes. Contudo, confesso que tem alguns momentos que fico meio assustado com alguns comentários. Mas me vale muito para exercitar a tolerância e a paciência, para aceitar o diferente, para entender o outro. E assim vamos indo, não é? E olha, meu amigo, quando me ligar e eu estiver dormindo, ordene que me acordem. Otima semana.
Abraço grande
Marco

MY EGGS BRAZIL disse...

GOSTEI DEMAIS DO TEXTO



MY EGGS - BRAZIL
http://myeggsbrazil.blogspot.com/

Anonymous disse...

DOURAR O PANDEIRO É TUDOOOOOOOOOOOOOOO
KKKKK

Daniel disse...

Gente... como é que eu não vi este post quando ele foi ao ar?

bom, acho que o que você descreveu vem desde os tempos do Brasil colônia, quando os portugueses que aqui viviam tinham que importar tudo da europa. Me vem a mente aquela imagem da dama com um catálogo nas mãos esperando seus vestidos chegarem de Paris em 3 meses.