terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A festa de lançamento da revista DOM

Em uma agradável noite de primavera, um moreno saradíssimo e tatuado se refestelava em uma inocente banheira de louça, enquanto a água do chuveiro escorria refrescante por cada dobrinha de seu corpo escultural. A cena não seria tão incomum se a tal banheira, rodeada por cactos de madeira, não estivesse plantada no meio da calçada da Mário Ferraz, uma das ruas mais movimentadas do Itaim Bibi, em São Paulo.

A mise-en-scène era parte da festa de lançamento da nova revista gay DOM, que aconteceu na noite de ontem, no Clube Hotel. No espaço, que possuía bar-lounge e pista de dança, os convidados foram recebidos com champagne, morangos e cerejas pelo pessoal da Editora Peixes, que não cansava de lamber a nova cria. A revista circulava entre as rodinhas, enquanto numa tela de plasma era exibido o making of de um dos ensaios de moda da primeira edição, com o colírio André Ziehe (Mega Models).

Entre os presentes, algumas personalidades da noite paulistana (André Almada, Evandro Ângelo e Luís Amaral, Ricardo Oliveros), mas não aquela enxurrada de caras e bocas do mundo fashionista que se esperaria encontrar em uma festa da concorrente Junior, por exemplo. Notei um clã expressivo de órfãos do Ultralounge, além de um bom número de balzaquianos(as). Isso parece confirmar a vocação da DOM de atingir um público um pouco mais maduro e comportado - embora não menos antenado e interessado em moda e estilo.

O ponto alto da noite foi um desfile-relâmpago de underwear, com peças selecionadas de marcas como Calvin Klein e Aussiebum. Difícil era focar nas cuecas, tamanha a beleza dos cerca de vinte modelos que cruzaram o salão, a uma distância desconcertantemente pequena de cada um de nós. As bees ficaram passadas, mas, como sempre, foram as mulheres que deram piti - ao meu lado, duas loiras se descabelavam como se estivessem num show dos Rolling Stones. Para dar uma apimentada, a produção incorporou alguns elementos de fetiche ao look dos rapazes - quem mais agradou foi o "borracheiro", um moreno escandalosamente gostoso com um make leve imitando graxa e um pneu (!) na mão.

Depois do desfile, virou festa mesmo: um DJ de deep house delícia (que tocou alguns dos meus hinos preferidos e até um remix de "Better Man", do Pearl Jam!), conversinhas, mais champagne e morangos... e, como não poderia deixar de ser, algumas bilus aproveitaram a deixa para se arranjar por lá mesmo. Talvez pensando nisso, a produção da festa colocou, ao lado dos morangos, uma tigelona cheia de preservativos sabor tutti-frutti. Bem meigo, não?

4 comentários:

Alberto Pereira Jr. disse...

a festa deve ter sido ótima..
e aí arranjastes tb?
hehehe

beijo

Vítor disse...

Bafo e champagne: eis uma combinação que faz qualquer evento gay acontecer.

Ainda não li a DOM, mas algo me diz que a minha praia é mais a Junior mesmo. Vou ver se compro a DOM e a #2 da Junior hoje mesmo pra tirar essa dúvida.

Mudando radicalmente o rumo da prosa: qual seu destino de Réveillon? Floripa, Rio, SP, Paris, BsAs, Barça, Capri ou NYC?

Bjs!

Clebs disse...

Sabor tutti-frutti??? Tudo a ver com o evento!!!

e...

Badaladeeenho o senhor, hein!?

Faz bem!!!

Abração!

CARIOCA VIRTUAL disse...

E NÓS, MORTOS DO FINAL DE SEMANA, E COM UM MONTE DE COISAS PRA ACERTAR DA VIAGEM, MATAMOS ESTA ABERTURA. QUE ODIO! O VALMIR ME CONTOU TUDO NO DIA SEGUINTE, MAS ME ESCONDEU A HISTORIA DA CHAMPAGNE E DO MORANGO. RS

BEIJO POTIGUAR PRA TI!