- Fui ver a tal montagem eletrônica da ópera O Guarani. Pela brochura que a GOL, patrocinadora do projeto, distribuiu no saguão do Tom Brasil, a idéia é resgatar várias obras do patrimônio cultural brasileiro, sempre em releituras modernas, cruzando linguagens e tal. Essa primeira experiência dividiu o público: teve quem amou e quem odiou. Realmente, um samba do crioulo doido como aquele não dava margem para meias opiniões: era muita informação ao mesmo tempo. Com bailarinos coreografando, projeções em telões, as bases eletrônicas de Mau Mau em volume de balada e um desafinado locutor narrando a história de amor entre Peri e Ceci, a ópera em si era só mais um detalhe, e os pobres cantores tinham que se descabelar para não serem engolidos pelo circo todo. O resultado não foi nada harmonioso (era dificílimo entender a história) e era estranho assistir a tudo em pé numa pista, mas sem dançar. Mas valeu pelo programa diferente e pelo excelente mix de gente interessante que apareceu por lá, pelo menos na sexta. Parece que agora O Guarani vai ser apresentado no Rio e em Recife.
- E a Folha de S. Paulo de hoje descobriu a roda, com uns trinta anos de atraso. Na capa do caderno Cotidiano, a manchete anuncia: "Com ar despojado, casas de suco são nova onda no Rio de Janeiro". Peraí, "nova" onda?! Como assim??? As lojas de suco são uma verdadeira instituição carioca, tanto quanto os botequins, e as mais tradicionais tipo BB Lanches e Polis Sucos têm pelo menos uns 25 anos de idade. Elas sempre viveram bombadas, não há nada de novo nisso - ver nelas um modismo é a mesma coisa que dizer que as pizzarias são o último grito em Sampa. E olha que a matéria foi produzida na própria sucursal do Rio - pelo visto, por algum repórter paulista que caiu de pára-quedas na cidade. Já estou até vendo a próxima descoberta que ele vai fazer: "Anabolizantes são a nova febre das areias de Ipanema"...
- E os gays estão mesmo com tudo. Fiquei passado quando soube que a TAM está organizando um pacote turístico especialmente para a abertura da The Week Rio (dia 6 de julho, com o DJ espanhol Eric Entrena, da Space de Barcelona). Eu já tinha visto pacotes para a Parada Gay de SP ou o carnaval carioca, até aí tudo bem, mas para a simples abertura de uma boate, é a primeira vez que tenho notícia. Isso só mostra não só como os gays se tornaram um mercado relevante, mas também o quanto a TW se tornou mega - nenhum clube gay no Brasil foi tão longe. E André Almada não dá sinais de cansaço - em entrevista ao site Parou Tudo, ele já avisou que vêm aí a TW Floripa e até um programa de TV. A estrela sobe!
3 comentários:
A Folha é muito ruim. Quando trata de violência então... Hj, 29/06 saiu uma reportagem na 2a. página do Globo intitulada "A violência e os jornais de RJ e SP". Merece, e muito, se lida.
Jura que a Folha fez isso?! Afff..
Ce vem pra inauguração?
Com relacao a TW, Almada realmente sabe das coisas....
a casa ficou incrivel!!!!
o Rio tava precisando mesmo de um "up grade"...
Postar um comentário