Eu não quis falar antes justamente para mostrar que São Paulo não se resume a isso. Mas não dá pra negar que a noite de São Paulo é de longe a melhor do Brasil, e uma das melhores do mundo!
As baladas paulistanas acontecem de segunda a segunda, movimentam milhões de reais por ano e geram um intenso êxodo entre bairros e, em certas ocasiões, até mesmo entre cidades e Estados. Nos nossos grandes festivais de música eletrônica e mesmo nas cada vez mais freqüentes apresentações dos bons DJs gringos por aqui, é comum que as pistas de dança ganhem novos sotaques, ainda que, no final das contas, naquele momento todos falem a mesma língua e estejam unidos por um mesmo ideal.
Na noite de Sampa tem de tudo: black music, rock, forró, reggae, MPB, hip hop. E, claro, muita música eletrônica. Que percorre todos os espectros, desde as “danceterias” da playboyzada maurícia – onde herdeiros de haras e patileusas de echarpe de oncinha vibram ao som de Lasgo e outros lixos de FM que são o Cup Noodles da música eletrônica – até os clubes e afterhours mais underground, onde a segmentação musical já avançou tanto que há noites específicas de electrorock, discopunk, hard techno e minimal house.
Se a balada é boa, não falta pique para enfrentar o trânsito, as filas na porta ou a chapelaria cheia. Somos todos clubbers profissionais, patenteamos todas as receitas de jogação que os outros centros vão seguir, e se o chillout comer todo o dia seguinte, não tem importância: aqui ninguém vai perder a praia mesmo...
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