Aqui termino as minhas homenagens a São Paulo.
Eu quis fazer essa série por dois motivos. O primeiro, como eu disse na introdução, foi pelo fato de que eu sempre externei a quem quisesse ouvir o meu profundo amor pelo Rio de Janeiro, mas nunca dei tratamento parecido a São Paulo, fazendo parecer a muitos dos meus amigos que eu não tinha o menor orgulho da minha cidade, das minhas origens e de ser paulistano. Não os culpo, pois eu sempre volto do Rio meio enfeitiçado e passo alguns dias com a cabeça meio lá meio cá, mas, ainda assim, a verdade é que eles estavam redondamente enganados, e assim resolvi aproveitar o aniversário de 451 anos para mostrar para todos que eu acho São Paulo o máximo SIM.
O segundo motivo é que eu acho que São Paulo precisa de mais manifestações de apreço como essa. São Paulo é uma cidade muito querida (tanto pelos paulistanos como por tantos outros que escolheram viver aqui ou mesmo que vêm passear aqui) mas também muito desmerecida, muito desprezada, muito criticada. Existe uma rejeição muito grande a ela por parte de pessoas de outros Estados, e se algumas das críticas são fundadas em defeitos e pontos fracos que esta cidade efetivamente possui (e que são de conhecimento geral), outros comentários são apenas manifestações gratuitas de puro preconceito, de pessoas que conhecem pouco ou nada da cidade e de seus habitantes e não se dispõem a lhe dar uma chance, a tentar descobrir o seu lado bom e as suas virtudes.
Por isso, São Paulo precisa ser mais defendida pelas pessoas. Sem dúvida, é uma das capitais menos bonitas do País, não só pelos predicados geográficos naturais como pelo próprio uso que fizemos e fazemos do seu espaço. Mas não dá pra esquecer que, se é fácil manter arrumadinha e bem cuidada uma cidade de 700 mil habitantes, o mesmo não se pode dizer de uma megalópole de 18 milhões, que cresce desordenadamente e recebe um incessável fluxo de migrantes sem ter como se preparar para isso. É muito difícil cuidar desse trem todo, gerenciar os problemas e manter a qualidade de vida num nível aceitável. Assim, acho que cada habitante daqui tem seu papel para fazer desta uma cidade melhor, e isso inclui também cuidar da auto-estima dela.
Sou um cara particularmente interessado pelos outros Estados do Brasil (embora conheça apenas as regiões Sul e Sudeste, tenho curiosidade de conhecer todos os cantos do País, bem como seus povos) e, mesmo com pouca experiência de campo, tenho a mais clara consciência de que todas as regiões têm algo de bom para mostrar e oferecer. E essa consciência só cresce na medida em que conheço aqui em SP mais e mais pessoas encantadores vindas de outros lugares. O Brasil é uma colcha de retalhos de diferentes povos, linguagens e culturas, e é isso que faz dele um país tão sensacional. E as pessoas deveriam estar mais abertas a isso, ao contato com mundos, modos de vida e pontos de vista diferentes dos seus.
No entanto, eu vejo que as pessoas ainda estão muito longe dessa consciência. Em minhas andanças tanto pelo mundo real como pelo virtual (em especial nas comunidades do Orkut), eu constato que o bairrismo está mais vivo do que nunca. Em pleno ano 2005, paulistas e cariocas ainda trocam desaforos extremamente violentos, absurdos e irracionais, e que me deixam profundamente entristecido. Mas o bairrismo não se resume à surrada rixa RJ x SP, não! Há também mineiros contra paulistas, paulistas e cariocas contra nordestinos, gaúchos contra catarinenses (e vice-versa), brasilienses contra goianos. É lamentável, porque todos seriam mais felizes se se permitissem receber aquilo que é diferente, fazer trocas e aprender com ele. É uma pena que algumas pessoas tenham uma cabecinha tão estreita e não enxerguem quanta coisa legal elas estão perdendo quando julgam e desprezam aquilo que elas nem sequer conhecem.
Hoje, eu posso dizer que transito em alguns mundinhos e aproveito o que cada um tem de melhor. E me orgulho disso. O segredo reside justamente em estar aberto a compreender o outro, aceitar como ele vive e entender que não há nada de errado em admirá-lo também ! Eu sou o maior fã do Rio e dos cariocas, amo-os sem o menor pudor e se eu ganhasse comissão da Secretaria de Turismo do RJ hoje eu certamente estaria rico, mas isso não faz de mim um paulistano menos orgulhoso ! Muito pelo contrário... hoje eu sou um paulistano melhor, mais vivido e mais descolado, justamente porque o contato com outras realidades me ajudou a entender a minha melhor – e valorizar ainda mais o que existe de bom nela.
Pessoal, somos todos brasileiros! Estamos no mesmo barco: somos irmãos! Por que é tão difícil gostarmos uns dos outros, afinal?
quinta-feira, 26 de janeiro de 2006
Porque tenho orgulho de ser paulistano (pt. 9)
São Paulo é a cidade mais novidadeira que eu conheço. Não há um fim de semana sequer em que os paulistanos não sejam seduzidos por coisas novas, filmes novos, comidas novas, músicas novas, idéias novas.
Aqui sempre está acontecendo alguma coisa. Uma mostra de animação gráfica, uma companhia de dança curda, o DJ do momento na cena londrina, uma peça de temática picante. Não é à toa que os guias de fim de semana dos dois principais jornais da cidade têm páginas e páginas e páginas para se consultar.
Nessa selva de mentes criativas, até o hambúrguer foi reinventado ! Ele ainda leva carne de picanha, mas agora é retangular, e vem cortado em três pedaços. Aquele pão redondo banal foi substituído por uma focaccina temperada com alecrim. Pra dar o arremate, por cima da carne suculenta vão mussarela de búfala bem derretida, rúcula fresquinha e uma pasta de tomate seco saborosíssima. Soa bom pra você ? Experimente, arrisque, deixe São Paulo te seduzir com o novo!
Aqui sempre está acontecendo alguma coisa. Uma mostra de animação gráfica, uma companhia de dança curda, o DJ do momento na cena londrina, uma peça de temática picante. Não é à toa que os guias de fim de semana dos dois principais jornais da cidade têm páginas e páginas e páginas para se consultar.
Nessa selva de mentes criativas, até o hambúrguer foi reinventado ! Ele ainda leva carne de picanha, mas agora é retangular, e vem cortado em três pedaços. Aquele pão redondo banal foi substituído por uma focaccina temperada com alecrim. Pra dar o arremate, por cima da carne suculenta vão mussarela de búfala bem derretida, rúcula fresquinha e uma pasta de tomate seco saborosíssima. Soa bom pra você ? Experimente, arrisque, deixe São Paulo te seduzir com o novo!
Porque tenho orgulho de ser paulistano (pt. 8)
Em São Paulo, não somos varridos para baixo do tapete.
Aqui temos espaços para conviver. Espaços para nos divertirmos. Espaços para expressar quem somos e o que sentimos.
Podemos continuar sendo uma minoria, mas aqui essa minoria leva 1,5 milhão de pessoas às ruas para mostrar a todos os outros que não há nada de errado com ela. Que, mesmo sendo uma minoria, ela tem valores bons, merece respeito e compreensão, e por isso precisa receber um tratamento mais digno por parte da sociedade.
Com certeza nem tudo são flores aqui, mas nenhuma outra cidade do Brasil é tão tolerante e receptiva para com nossas colegas de classe.
Aqui temos espaços para conviver. Espaços para nos divertirmos. Espaços para expressar quem somos e o que sentimos.
Podemos continuar sendo uma minoria, mas aqui essa minoria leva 1,5 milhão de pessoas às ruas para mostrar a todos os outros que não há nada de errado com ela. Que, mesmo sendo uma minoria, ela tem valores bons, merece respeito e compreensão, e por isso precisa receber um tratamento mais digno por parte da sociedade.
Com certeza nem tudo são flores aqui, mas nenhuma outra cidade do Brasil é tão tolerante e receptiva para com nossas colegas de classe.
Porque tenho orgulho de ser paulistano (pt. 7)
A cidade de São Paulo foi agraciada com um clima ameno e agradável.
Se por um lado chove mais do que gostaríamos (sobretudo em épocas em que se espera mais sol), por outro aqui ninguém morre cozido de calor. A cidade não é um microondas gigante, você não põe os pés fora de casa e já fica todo grudento em meia hora.
Dá pra se vestir melhor, dá pra trabalhar em paz, dá pra chegar ao encontro marcado sem estar inteiro melado, dá pra dormir sem ar condicionado (e sem ficar se revirando na cama). E dá também para correr no parque e até pegar uma corzinha, porque aqui também faz alguns belos dias de sol!
Ontem mesmo, em pleno verão (?!), tivemos 16 graus pela manhã! Fez um friozinho super gostoso, deu pra refrescar bem as idéias! Nem preciso dizer que esta noite foi super gostosa pra nanar, dormi como um anjo...
Se por um lado chove mais do que gostaríamos (sobretudo em épocas em que se espera mais sol), por outro aqui ninguém morre cozido de calor. A cidade não é um microondas gigante, você não põe os pés fora de casa e já fica todo grudento em meia hora.
Dá pra se vestir melhor, dá pra trabalhar em paz, dá pra chegar ao encontro marcado sem estar inteiro melado, dá pra dormir sem ar condicionado (e sem ficar se revirando na cama). E dá também para correr no parque e até pegar uma corzinha, porque aqui também faz alguns belos dias de sol!
Ontem mesmo, em pleno verão (?!), tivemos 16 graus pela manhã! Fez um friozinho super gostoso, deu pra refrescar bem as idéias! Nem preciso dizer que esta noite foi super gostosa pra nanar, dormi como um anjo...
Porque tenho orgulho de ser paulistano (pt. 6)
Eu não quis falar antes justamente para mostrar que São Paulo não se resume a isso. Mas não dá pra negar que a noite de São Paulo é de longe a melhor do Brasil, e uma das melhores do mundo!
As baladas paulistanas acontecem de segunda a segunda, movimentam milhões de reais por ano e geram um intenso êxodo entre bairros e, em certas ocasiões, até mesmo entre cidades e Estados. Nos nossos grandes festivais de música eletrônica e mesmo nas cada vez mais freqüentes apresentações dos bons DJs gringos por aqui, é comum que as pistas de dança ganhem novos sotaques, ainda que, no final das contas, naquele momento todos falem a mesma língua e estejam unidos por um mesmo ideal.
Na noite de Sampa tem de tudo: black music, rock, forró, reggae, MPB, hip hop. E, claro, muita música eletrônica. Que percorre todos os espectros, desde as “danceterias” da playboyzada maurícia – onde herdeiros de haras e patileusas de echarpe de oncinha vibram ao som de Lasgo e outros lixos de FM que são o Cup Noodles da música eletrônica – até os clubes e afterhours mais underground, onde a segmentação musical já avançou tanto que há noites específicas de electrorock, discopunk, hard techno e minimal house.
Se a balada é boa, não falta pique para enfrentar o trânsito, as filas na porta ou a chapelaria cheia. Somos todos clubbers profissionais, patenteamos todas as receitas de jogação que os outros centros vão seguir, e se o chillout comer todo o dia seguinte, não tem importância: aqui ninguém vai perder a praia mesmo...
As baladas paulistanas acontecem de segunda a segunda, movimentam milhões de reais por ano e geram um intenso êxodo entre bairros e, em certas ocasiões, até mesmo entre cidades e Estados. Nos nossos grandes festivais de música eletrônica e mesmo nas cada vez mais freqüentes apresentações dos bons DJs gringos por aqui, é comum que as pistas de dança ganhem novos sotaques, ainda que, no final das contas, naquele momento todos falem a mesma língua e estejam unidos por um mesmo ideal.
Na noite de Sampa tem de tudo: black music, rock, forró, reggae, MPB, hip hop. E, claro, muita música eletrônica. Que percorre todos os espectros, desde as “danceterias” da playboyzada maurícia – onde herdeiros de haras e patileusas de echarpe de oncinha vibram ao som de Lasgo e outros lixos de FM que são o Cup Noodles da música eletrônica – até os clubes e afterhours mais underground, onde a segmentação musical já avançou tanto que há noites específicas de electrorock, discopunk, hard techno e minimal house.
Se a balada é boa, não falta pique para enfrentar o trânsito, as filas na porta ou a chapelaria cheia. Somos todos clubbers profissionais, patenteamos todas as receitas de jogação que os outros centros vão seguir, e se o chillout comer todo o dia seguinte, não tem importância: aqui ninguém vai perder a praia mesmo...
Porque tenho orgulho de ser paulistano (pt. 5)
São Paulo nunca te deixa na mão. Nem mesmo em plena madrugada. Não importa se lá fora está caindo uma chuva torrencial ou fazendo um frio de 8 graus – São Paulo dará aquilo de que você precisa, na hora em que você precisar.
Se você resolver comer um filé ao molho mostarda às 4 da manhã, você terá onde ir (e mais de uma opção, diga-se). Se bater uma vontade de alugar um DVD, comprar uma revista inglesa, fazer sexo, jogar bingo ou arriscar uma aula de step, é só levantar a bunda da cadeira e sair pra rua – você certamente encontrará outras pessoas fazendo a mesma coisa.
Afinal de contas, ninguém precisa fazer suas vontades esperarem só porque é madrugada. Não em São Paulo... :)
Se você resolver comer um filé ao molho mostarda às 4 da manhã, você terá onde ir (e mais de uma opção, diga-se). Se bater uma vontade de alugar um DVD, comprar uma revista inglesa, fazer sexo, jogar bingo ou arriscar uma aula de step, é só levantar a bunda da cadeira e sair pra rua – você certamente encontrará outras pessoas fazendo a mesma coisa.
Afinal de contas, ninguém precisa fazer suas vontades esperarem só porque é madrugada. Não em São Paulo... :)
Porque tenho orgulho de ser paulistano (pt. 4)
Em poucas cidades do mundo se come tão bem como aqui. Os paulistanos possuem verdadeira devoção pela comida. Veneram bons restaurantes, tratam os melhores chefs como semicelebridades e fazem do ato de comer fora um programa por si só. O que não é difícil, já que a cidade possui uma gama infinita de opções para todos os gostos e bolsos, desde as churrascarias mais rústicas e ugabuga até os mais moderninhos restaurantes de cozinha contemporânea.
Entre inúmeras outras cozinhas praticadas em Sampa, a italiana merece destaque especial. A maciça imigração italiana ocorrida no início do século passado influenciou o sotaque de bairros inteiros (sobretudo a Móoca, que é o único lugar da cidade onde todo mundo fala igual ao Faustão) e, mais do que isso, desenvolveu uma tradição culinária muito peculiar, que modificou as receitas, tornando os pratos muito mais gostosos do que os que se servem na própria Itália.
E isso não é fanatismo meu! Enquanto na Itália a pasta é servida com um pingo de molho por cima e fica seca e sem sabor, aqui não se economiza em nada: o macarrão vem nadando no molho, e esse molho é tão saboroso que os mais afoitos até raspam o que sobrou no prato com nacos de pão italiano.
E a pizza, então??? A pizza a taglio italiana é alta, massuda, com um molho azedo e pouquíssimos ingredientes por cima. Mais parece uma torta salgada dessas de forno. Muito diferente das sedutoras redondas que lotam as mesas paulistanas, generosamente cobertas com molho de tomates frescos e bem temperados, a mussarela derretendo na boca, o delicado diálogo entre o manjericão, o orégano e o alho.
Nenhum turista que se preze pode deixar de se esbaldar em alguma de nossas boas cantinas e pizzarias, que são verdadeiras instituições da cidade. Só não espere consenso sobre quais as melhores: assim como acontece no Rio com os célebres botequins e as casas de suco, aqui não há unanimidade. Uns curtem as pizzas grossas do Speranza e do Castelões, outros não trocam as fininhas do Camelo por nada. Uns gostam das trattorias do Bixiga, outros não passam nem perto e preferem a cozinha esmerada dos restaurantes italianos dos Jardins, de Pinheiros e da Vila Madalena.
E depois, é só queimar tudo na esteira de uma boa academia de ginástica!!!
Entre inúmeras outras cozinhas praticadas em Sampa, a italiana merece destaque especial. A maciça imigração italiana ocorrida no início do século passado influenciou o sotaque de bairros inteiros (sobretudo a Móoca, que é o único lugar da cidade onde todo mundo fala igual ao Faustão) e, mais do que isso, desenvolveu uma tradição culinária muito peculiar, que modificou as receitas, tornando os pratos muito mais gostosos do que os que se servem na própria Itália.
E isso não é fanatismo meu! Enquanto na Itália a pasta é servida com um pingo de molho por cima e fica seca e sem sabor, aqui não se economiza em nada: o macarrão vem nadando no molho, e esse molho é tão saboroso que os mais afoitos até raspam o que sobrou no prato com nacos de pão italiano.
E a pizza, então??? A pizza a taglio italiana é alta, massuda, com um molho azedo e pouquíssimos ingredientes por cima. Mais parece uma torta salgada dessas de forno. Muito diferente das sedutoras redondas que lotam as mesas paulistanas, generosamente cobertas com molho de tomates frescos e bem temperados, a mussarela derretendo na boca, o delicado diálogo entre o manjericão, o orégano e o alho.
Nenhum turista que se preze pode deixar de se esbaldar em alguma de nossas boas cantinas e pizzarias, que são verdadeiras instituições da cidade. Só não espere consenso sobre quais as melhores: assim como acontece no Rio com os célebres botequins e as casas de suco, aqui não há unanimidade. Uns curtem as pizzas grossas do Speranza e do Castelões, outros não trocam as fininhas do Camelo por nada. Uns gostam das trattorias do Bixiga, outros não passam nem perto e preferem a cozinha esmerada dos restaurantes italianos dos Jardins, de Pinheiros e da Vila Madalena.
E depois, é só queimar tudo na esteira de uma boa academia de ginástica!!!
Porque tenho orgulho de ser paulistano (pt. 3)
Não bastassem todas as facilidades e maravilhas que oferece, São Paulo é ainda habitada por cidadãos adoráveis! :)
Pra começo de conversa, nós paulistanos somos mais do que corpos: temos conteúdo. Não somos pessoas óbvias, fugimos do lugar-comum. Cultura é algo que nos agrada e que buscamos por prazer e não para constar no nosso currículo. Não nos limitamos à televisão (e não somos baba-ovo da Rede Globo). Gostamos de ler, amamos cinema mais que tudo, damos uma espiada no mundo das artes aqui e ali. E consumimos informação avidamente. Sabemos de tudo o que acontece em Ipanema, no Village e também em Pequim. Não vivemos fechados na nossa cidade, olhando para nosso umbigo, limitados aos valores do nosso mundinho: temos um genuíno interesse por outras cidades, outros mundos, outras culturas, outros valores. Isso amplia nossos horizontes, e faz com que cada pessoa nova que você conheça seja uma completa surpresa, e nunca mais uma na multidão, com um papo previsível e sem opiniões próprias.
Não há dúvida de que temos atitude, e também estilo. Aliás, estilos. Uns trezentos estilos. Até porque somos 18 milhões, vivendo em uma infinidade de ambientes possíveis, com vários tipos de background. A fauna de São Paulo é uma das mais heterogêneas do mundo. Gostamos de poperô, chorinho, música clássica, forró, heavy metal, bossa nova e trance psicodélico. Também entram no nosso cardápio maracatu, deep house, reggae, MPB, drum n’bass e até funk carioca. Catalogar todas as tribos daria um trabalho danado e jamais pararíamos para fazer isso, pois cada vez mais acreditamos que não precisamos de rótulos, quando podemos muito bem transitar entre tribos, experimentar coisas novas e criar cada um o seu caldo de referências. Com personalidade.
Somos pessoas sérias, idôneas e responsáveis. Nossa palavra tem valor, honramos nossos compromissos, não só no campo profissional como também na seara das relações pessoais, que conduzimos com respeito, lealdade e confiança. Não somos levianos para com os outros. Valorizamos os nossos amigos. Damos muito de si, abrimos nossa casa, nossa intimidade, nossa vida pra eles. Nossa amizade é profunda e duradoura. Não é oba-oba de praia, não é descartável, não é superficial. Aliás, abominamos a superficialidade ! Não somos os reis da popularidade, preferimos qualidade. Quando você precisar de seu amigo paulistano, pode deixar que ele estará lá por você.
Somos muito bons no que fazemos. Esta é uma terra de profissionais. A comida é extremamente bem-feita. A noite não é tocada por amadores. Existe infra-estrutura, existe capricho e muita preocupação com os detalhes. Não usamos a irreverência e o improviso para mascarar a falta de cuidado. Porque aqui não se faz nada com as coxas: as pessoas acreditam no que fazem e procuram fazer bem-feito. Porque o trabalho para nós é parte da nossa identidade, parte do que somos, e não apenas uma atividade qualquer que pague o aluguel com o mínimo esforço possível.
E claro que todo esse caldo de valores só se enriquece com a presença ilustre de brasileiros de todos os outros cantos, sejam eles cariocas, pernambucanos, gaúchos, baianos, paraenses, mineiros... pessoas que vêm somar esforços, unir talentos, emprestar idéias, pessoas que absorvem um pouco da essência da cidade e que deixam aqui um pouco de sua beleza e de suas cores. Que são fundamentais para que São Paulo tenha o brilho que possui. São Paulo é feita de todos esses povos e eu gosto de todos eles, de verdade.
Eu amo ser brasileiro e tenho muito orgulho de ser paulistano!
Pra começo de conversa, nós paulistanos somos mais do que corpos: temos conteúdo. Não somos pessoas óbvias, fugimos do lugar-comum. Cultura é algo que nos agrada e que buscamos por prazer e não para constar no nosso currículo. Não nos limitamos à televisão (e não somos baba-ovo da Rede Globo). Gostamos de ler, amamos cinema mais que tudo, damos uma espiada no mundo das artes aqui e ali. E consumimos informação avidamente. Sabemos de tudo o que acontece em Ipanema, no Village e também em Pequim. Não vivemos fechados na nossa cidade, olhando para nosso umbigo, limitados aos valores do nosso mundinho: temos um genuíno interesse por outras cidades, outros mundos, outras culturas, outros valores. Isso amplia nossos horizontes, e faz com que cada pessoa nova que você conheça seja uma completa surpresa, e nunca mais uma na multidão, com um papo previsível e sem opiniões próprias.
Não há dúvida de que temos atitude, e também estilo. Aliás, estilos. Uns trezentos estilos. Até porque somos 18 milhões, vivendo em uma infinidade de ambientes possíveis, com vários tipos de background. A fauna de São Paulo é uma das mais heterogêneas do mundo. Gostamos de poperô, chorinho, música clássica, forró, heavy metal, bossa nova e trance psicodélico. Também entram no nosso cardápio maracatu, deep house, reggae, MPB, drum n’bass e até funk carioca. Catalogar todas as tribos daria um trabalho danado e jamais pararíamos para fazer isso, pois cada vez mais acreditamos que não precisamos de rótulos, quando podemos muito bem transitar entre tribos, experimentar coisas novas e criar cada um o seu caldo de referências. Com personalidade.
Somos pessoas sérias, idôneas e responsáveis. Nossa palavra tem valor, honramos nossos compromissos, não só no campo profissional como também na seara das relações pessoais, que conduzimos com respeito, lealdade e confiança. Não somos levianos para com os outros. Valorizamos os nossos amigos. Damos muito de si, abrimos nossa casa, nossa intimidade, nossa vida pra eles. Nossa amizade é profunda e duradoura. Não é oba-oba de praia, não é descartável, não é superficial. Aliás, abominamos a superficialidade ! Não somos os reis da popularidade, preferimos qualidade. Quando você precisar de seu amigo paulistano, pode deixar que ele estará lá por você.
Somos muito bons no que fazemos. Esta é uma terra de profissionais. A comida é extremamente bem-feita. A noite não é tocada por amadores. Existe infra-estrutura, existe capricho e muita preocupação com os detalhes. Não usamos a irreverência e o improviso para mascarar a falta de cuidado. Porque aqui não se faz nada com as coxas: as pessoas acreditam no que fazem e procuram fazer bem-feito. Porque o trabalho para nós é parte da nossa identidade, parte do que somos, e não apenas uma atividade qualquer que pague o aluguel com o mínimo esforço possível.
E claro que todo esse caldo de valores só se enriquece com a presença ilustre de brasileiros de todos os outros cantos, sejam eles cariocas, pernambucanos, gaúchos, baianos, paraenses, mineiros... pessoas que vêm somar esforços, unir talentos, emprestar idéias, pessoas que absorvem um pouco da essência da cidade e que deixam aqui um pouco de sua beleza e de suas cores. Que são fundamentais para que São Paulo tenha o brilho que possui. São Paulo é feita de todos esses povos e eu gosto de todos eles, de verdade.
Eu amo ser brasileiro e tenho muito orgulho de ser paulistano!
Porque tenho orgulho de ser paulistano (pt. 2)
São Paulo não é uma cidade fácil. Não se gosta dela de imediato. Sua beleza não é nada óbvia. Enquanto o Rio tem cenários maravilhosos que te conquistam na hora, enquanto a maior parte das capitais nordestinas tem uma orla convidativa e emblemática, São Paulo não tem nenhum canto com que o turista se identifique e simpatize num primeiro contato. Não dá pra falar, por exemplo, que quem pisa na Avenida Paulista pela primeira vez é acometido por um arroubo violento de amor à primeira vista...
A questão é que, assim como na obra de Antoine de Saint-Exupéry, o essencial de Sampa é invisível aos olhos. São Paulo tem SIM toda uma beleza, toda uma poesia, todo um sentimento, toda uma dinâmica que é bonita pra caralho e que consegue até ser harmoniosa. Mas isso tudo é algo que precisa ser VIVIDO, não aparece à primeira vista. Com o tempo, com a convivência, a cidade vai mostrando todo o seu charme, exatamente como aquela menina que não se encaixa nos padrões estéticos, que não rouba olhares por onde passa, mas por quem você acaba se apaixonando depois que começa a conviver e tem a chance de conhecer melhor.
A primeira reação de todo forasteiro é buscar uma atração típica, clássica, como uma torre, um mirante, um monumento, algo que sirva de símbolo e resuma a cidade. OK, São Paulo tem os seus ícones, o Copan, o MASP, a linha de prédios da Paulista, o Monumento às Bandeiras (também conhecido como "Deixa-que-eu-empurro"), o lago do Ibirapuera com seus chafarizes ornamentais, a Catedral da Sé... mas depois desse primeiro contato, o iniciante verá que não é isso que importa. O verdadeiro barato de São Paulo são simplesmente seus bairros, seus cantos, lugares anônimos num primeiro momento mas que são verdadeiras experiências a serem vividas.
São Paulo não tem um corpinho bonito, mas tem alma. E dentro dessa cidade, cada bairro também tem sua própria alma. Que você só consegue captar andando por suas ruas, reparando sem pressa nas casas, nas árvores, conhecendo e interagindo com as pessoas. Há bairros festivos, bairros melancólicos. Bairros efervescentes e bairros serenos. Mas todos com personalidade. E cada um mais adequado para um momento, um estado de espírito.
Os incautos se atém a Cerqueira César, a dita área nobre dos Jardins que reúne grifes internacionais de roupas, restaurantes, frisson e badalação. Que é mesmo uma delícia, e tem dias em que nada cai melhor do que um bom sorvetinho na Haagen-Dazs ou um café com petit-fours na Cristallo, depois de uma tarde de vitrines e bate-papo. Ou um jantar bem animado no Spot. Mas SP é muito mais do que isso. Como não se render ao charme da Vila Madalena, um bairro descolado sem ser afetado, bacana sem ser pretensioso, que encontra um raro equilíbrio entre estilos, e que consegue ser diferenciado sem jamais perder a simplicidade ? Com bares e restaurantes deliciosos, lojas e ateliês com gostinho de garimpo, e ruas tranqüilas com um certo quê de interior.
O Alto de Pinheiros, a Granja Julieta e o Campo Belo, com sua excelente qualidade de vida, ruas largas e totalmente arborizadas, belíssimas casas, praças onde a serenidade reina e as crianças podem brincar em paz. Os apartamentos antigos e enormes de Higienópolis (com a opção mais em conta da vizinha Santa Cecília). A região de Perdizes e Sumaré, com suas ladeiras íngremes e vários prédios bons pra se morar (a região ao redor da MTV é um dos meus xodós!). O Paraíso, que consegue ser pacato mesmo estando encostado na Avenida Paulista. O Itaim e a Vila Olímpia, com seu pique adolescente. A Vila Mariana, talvez um dos bairros de classe média mais queridos e sentimentais que possa existir. A Lapa, com suas ruas com nomes curtinhos como Tito, Roma e Catão e seu casario antigo entre as árvores, que emana uma ponta de melancolia. A Bela Vista, com seu espírito boêmio e sua babel humana que remete a Copacabana.
Mesmo fora do filé mignon mais central da cidade, há outros cantos agradáveis, de norte a sul. Bairros como Santana, Belém, Tatuapé, Ipiranga, Saúde e Jabaquara, entre outros, têm áreas boas para se morar com preços mais camaradas. Aqui há uma multiplicidade de opções, não são apenas cinco bairros que prestam. É uma cidade inclusiva, onde dá pra começar a vida. E adotar sua padaria predileta, sua praça mais querida, seu mercado mais barateiro, seu shopping mais conveniente, seus bares do coração – e seus amigos do peito, porque as amizades aqui são feitas pra durar.
E assim pude enumerar um montão de áreas aprazíveis de São Paulo sem em momento algum precisar falar no parque do Ibirapuera. Porque São Paulo é muito mais do que isso. E não dá pra eu te dizer aqui tudo que ela é. São Paulo tem que ser descoberta. Parabéns São Paulo!!!
A questão é que, assim como na obra de Antoine de Saint-Exupéry, o essencial de Sampa é invisível aos olhos. São Paulo tem SIM toda uma beleza, toda uma poesia, todo um sentimento, toda uma dinâmica que é bonita pra caralho e que consegue até ser harmoniosa. Mas isso tudo é algo que precisa ser VIVIDO, não aparece à primeira vista. Com o tempo, com a convivência, a cidade vai mostrando todo o seu charme, exatamente como aquela menina que não se encaixa nos padrões estéticos, que não rouba olhares por onde passa, mas por quem você acaba se apaixonando depois que começa a conviver e tem a chance de conhecer melhor.
A primeira reação de todo forasteiro é buscar uma atração típica, clássica, como uma torre, um mirante, um monumento, algo que sirva de símbolo e resuma a cidade. OK, São Paulo tem os seus ícones, o Copan, o MASP, a linha de prédios da Paulista, o Monumento às Bandeiras (também conhecido como "Deixa-que-eu-empurro"), o lago do Ibirapuera com seus chafarizes ornamentais, a Catedral da Sé... mas depois desse primeiro contato, o iniciante verá que não é isso que importa. O verdadeiro barato de São Paulo são simplesmente seus bairros, seus cantos, lugares anônimos num primeiro momento mas que são verdadeiras experiências a serem vividas.
São Paulo não tem um corpinho bonito, mas tem alma. E dentro dessa cidade, cada bairro também tem sua própria alma. Que você só consegue captar andando por suas ruas, reparando sem pressa nas casas, nas árvores, conhecendo e interagindo com as pessoas. Há bairros festivos, bairros melancólicos. Bairros efervescentes e bairros serenos. Mas todos com personalidade. E cada um mais adequado para um momento, um estado de espírito.
Os incautos se atém a Cerqueira César, a dita área nobre dos Jardins que reúne grifes internacionais de roupas, restaurantes, frisson e badalação. Que é mesmo uma delícia, e tem dias em que nada cai melhor do que um bom sorvetinho na Haagen-Dazs ou um café com petit-fours na Cristallo, depois de uma tarde de vitrines e bate-papo. Ou um jantar bem animado no Spot. Mas SP é muito mais do que isso. Como não se render ao charme da Vila Madalena, um bairro descolado sem ser afetado, bacana sem ser pretensioso, que encontra um raro equilíbrio entre estilos, e que consegue ser diferenciado sem jamais perder a simplicidade ? Com bares e restaurantes deliciosos, lojas e ateliês com gostinho de garimpo, e ruas tranqüilas com um certo quê de interior.
O Alto de Pinheiros, a Granja Julieta e o Campo Belo, com sua excelente qualidade de vida, ruas largas e totalmente arborizadas, belíssimas casas, praças onde a serenidade reina e as crianças podem brincar em paz. Os apartamentos antigos e enormes de Higienópolis (com a opção mais em conta da vizinha Santa Cecília). A região de Perdizes e Sumaré, com suas ladeiras íngremes e vários prédios bons pra se morar (a região ao redor da MTV é um dos meus xodós!). O Paraíso, que consegue ser pacato mesmo estando encostado na Avenida Paulista. O Itaim e a Vila Olímpia, com seu pique adolescente. A Vila Mariana, talvez um dos bairros de classe média mais queridos e sentimentais que possa existir. A Lapa, com suas ruas com nomes curtinhos como Tito, Roma e Catão e seu casario antigo entre as árvores, que emana uma ponta de melancolia. A Bela Vista, com seu espírito boêmio e sua babel humana que remete a Copacabana.
Mesmo fora do filé mignon mais central da cidade, há outros cantos agradáveis, de norte a sul. Bairros como Santana, Belém, Tatuapé, Ipiranga, Saúde e Jabaquara, entre outros, têm áreas boas para se morar com preços mais camaradas. Aqui há uma multiplicidade de opções, não são apenas cinco bairros que prestam. É uma cidade inclusiva, onde dá pra começar a vida. E adotar sua padaria predileta, sua praça mais querida, seu mercado mais barateiro, seu shopping mais conveniente, seus bares do coração – e seus amigos do peito, porque as amizades aqui são feitas pra durar.
E assim pude enumerar um montão de áreas aprazíveis de São Paulo sem em momento algum precisar falar no parque do Ibirapuera. Porque São Paulo é muito mais do que isso. E não dá pra eu te dizer aqui tudo que ela é. São Paulo tem que ser descoberta. Parabéns São Paulo!!!
Porque tenho orgulho de ser paulistano (pt. 1)
[Série de textos publicada originalmente no meu fotolog e depois transcrita pro blog].
O fato de que eu amo de paixão o Rio de Janeiro não é segredo para ninguém que me conhece. Nem mesmo para os que não me conhecem, porque neste Fotolog sempre mostrei uma profusão de fotos da Cidade Maravilhosa - sempre guarnecidas por comentários pra lá de exaltados. Afinal, eu realmente gosto muito de estar naquela cidade, gosto muito de certos elementos (não todos, diga-se) do lifestyle carioca e aprendi a entender os cariocas e apreciá-los do jeito que eles são, sem querer mudá-los em nada.
Não foram poucas as vezes que recebi comentários enciumados de amigos meus que, mesmo sem desgostar do Rio (ou até mesmo também gostando do Rio) não partilhavam dos meus sentimentos e do meu ponto de vista e acabavam se cansando de tanta adoração ao Rio de minha parte. “Pô, que saco, então por que vc não muda logo pro Rio de uma vez ???”
Eu sempre tive bem claro para mim mesmo o meu amor por São Paulo. Mas, pensando bem, eu acho que não tenho externado esse amor com a mesma freqüência e intensidade que tenho mostrado a minha paixão pelo Rio. Uma parte disso com certeza é pelo fato de que o Rio rende mais fotos pro meu Fotolog, seja pelas suas virtudes estéticas exuberantes, seja pelo fato de que lá eu levo uma vida de turista e estou sempre com minha câmera no bolso, o que não acontece aqui. Em Sampa a gente está sempre correndo, sempre com um objetivo, e acaba parando menos pra contemplar o que está ao nosso redor.
Mas chegou a hora de fazer justiça com os meus. Amanhã esta cidade incrível faz 451 anos de idade, e resolvi homenageá-la não com um, mas com vários posts falando sobre ela e sobre o que ela significa pra mim e mostrando por quê, apesar de tudo, São Paulo ainda reina soberana no meu coração.
(AH SIM: por favor não interpretem meus próximos posts como comparações com o Rio, porque NÃO é essa a idéia, OK ???)
O fato de que eu amo de paixão o Rio de Janeiro não é segredo para ninguém que me conhece. Nem mesmo para os que não me conhecem, porque neste Fotolog sempre mostrei uma profusão de fotos da Cidade Maravilhosa - sempre guarnecidas por comentários pra lá de exaltados. Afinal, eu realmente gosto muito de estar naquela cidade, gosto muito de certos elementos (não todos, diga-se) do lifestyle carioca e aprendi a entender os cariocas e apreciá-los do jeito que eles são, sem querer mudá-los em nada.
Não foram poucas as vezes que recebi comentários enciumados de amigos meus que, mesmo sem desgostar do Rio (ou até mesmo também gostando do Rio) não partilhavam dos meus sentimentos e do meu ponto de vista e acabavam se cansando de tanta adoração ao Rio de minha parte. “Pô, que saco, então por que vc não muda logo pro Rio de uma vez ???”
Eu sempre tive bem claro para mim mesmo o meu amor por São Paulo. Mas, pensando bem, eu acho que não tenho externado esse amor com a mesma freqüência e intensidade que tenho mostrado a minha paixão pelo Rio. Uma parte disso com certeza é pelo fato de que o Rio rende mais fotos pro meu Fotolog, seja pelas suas virtudes estéticas exuberantes, seja pelo fato de que lá eu levo uma vida de turista e estou sempre com minha câmera no bolso, o que não acontece aqui. Em Sampa a gente está sempre correndo, sempre com um objetivo, e acaba parando menos pra contemplar o que está ao nosso redor.
Mas chegou a hora de fazer justiça com os meus. Amanhã esta cidade incrível faz 451 anos de idade, e resolvi homenageá-la não com um, mas com vários posts falando sobre ela e sobre o que ela significa pra mim e mostrando por quê, apesar de tudo, São Paulo ainda reina soberana no meu coração.
(AH SIM: por favor não interpretem meus próximos posts como comparações com o Rio, porque NÃO é essa a idéia, OK ???)
quarta-feira, 25 de janeiro de 2006
Feliz aniversário Dona Sampa ! 452 anos
Parabéns à minha querida cidade por seus 452 anos !!!
Eu posso ser fissurado pelo Rio e fã de Buenos Aires, mas é São Paulo o meu lugar, a minha mãe, a cidade que me educou e criou o Thiago que vocês conhecem hoje. As coisas que eu falo, as coisas que eu como, meu jeito de me relacionar com os outros, meus pontos de vista, meus hábitos, meus gostos e minhas manias, tudo isso vem do fato de eu ser paulistano - se eu tivesse nascido em qualquer outro lugar, com certeza o resultado teria sido bem diferente !
São Paulo não é uma cidade para todos. É mais fácil gostar da beleza embasbacante do Rio, da civilidade asséptica de Curitiba, da hospitalidade dengosa de Salvador. São Paulo não revela seus tesouros a qualquer um. É preciso saber conhecê-la, desarmar-se de preconceitos e estar aberto a senti-la e desvendá-la. Porque sua riqueza e sua beleza não são visíveis com os olhos, são visíveis apenas com o coração. Só quem sabe (e quer) ver além descobre uma cidade interessantíssima, completa, gostosa, acolhedora e sobretudo muito humana, que tem muito a oferecer e que pode fazer muito felizes seus habitantes e visitantes. E, aos sortudos que chegarem lá, Sampa reserva todas as surpresas boas que vêm quando se conquista uma pessoa amada e, com ela, sua cumplicidade. São Paulo é minha cúmplice, cúmplice em tudo aquilo que sou e que sonho. Viva São Paulo!!!
No aniversário de 2005, fiz uma homenagem em 10 textos seguidos, explicando as razões que me fazem ter orgulho desta cidade e de ser paulistano. Vou postá-los a seguir.
Eu posso ser fissurado pelo Rio e fã de Buenos Aires, mas é São Paulo o meu lugar, a minha mãe, a cidade que me educou e criou o Thiago que vocês conhecem hoje. As coisas que eu falo, as coisas que eu como, meu jeito de me relacionar com os outros, meus pontos de vista, meus hábitos, meus gostos e minhas manias, tudo isso vem do fato de eu ser paulistano - se eu tivesse nascido em qualquer outro lugar, com certeza o resultado teria sido bem diferente !
São Paulo não é uma cidade para todos. É mais fácil gostar da beleza embasbacante do Rio, da civilidade asséptica de Curitiba, da hospitalidade dengosa de Salvador. São Paulo não revela seus tesouros a qualquer um. É preciso saber conhecê-la, desarmar-se de preconceitos e estar aberto a senti-la e desvendá-la. Porque sua riqueza e sua beleza não são visíveis com os olhos, são visíveis apenas com o coração. Só quem sabe (e quer) ver além descobre uma cidade interessantíssima, completa, gostosa, acolhedora e sobretudo muito humana, que tem muito a oferecer e que pode fazer muito felizes seus habitantes e visitantes. E, aos sortudos que chegarem lá, Sampa reserva todas as surpresas boas que vêm quando se conquista uma pessoa amada e, com ela, sua cumplicidade. São Paulo é minha cúmplice, cúmplice em tudo aquilo que sou e que sonho. Viva São Paulo!!!
No aniversário de 2005, fiz uma homenagem em 10 textos seguidos, explicando as razões que me fazem ter orgulho desta cidade e de ser paulistano. Vou postá-los a seguir.
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