Otávio chegou ao lugar de sempre, na hora marcada. Raul já esperava por ele. Cumprimentaram-se com um aperto de mão, sem excesso de camaradagem. Alto, forte, maxilar quadrado, barba cerrada, sobrancelhas espessas, braços grossos com veias saltadas, Raul era tudo o que Otávio secretamente desejava ser. Otávio sorriu satisfeito ao pensar que, pela próxima hora, teria aquele belo espécime de macho só para ele.
Partiram logo para a ação. Afinal, não havia tempo a perder com conversas desnecessárias. Não era a primeira, nem a segunda vez; assim, a sintonia entre eles se construiu rapidamente. Otávio viu o quadril de Raul colocando-se por trás do seu e, ao sentir a respiração do moreno em seu cangote, teve um leve arrepio que eriçou os pelos de seus braços. Raul então passou a ditar as regras e conduzir os movimentos, e Otávio, obediente, deixou-se levar. O silêncio dos dois era ocasionalmente quebrado pelas palavras de comando de Raul, correspondidas por gemidos entrecortados que pareciam vir do fundo das entranhas de Otávio.
Aos poucos, o semblante de Otávio no espelho foi ganhando contornos de dor, de desespero. Raul não se abalou. Sabia que seu cliente estava ali para ir até o limite. Quando sentia que já não aguentava mais, Otávio emitia um apelo de misericórdia com o olhar, pedindo que parassem. Mas a trégua que o outro lhe dava não era suficiente para que ele se recompusesse, e logo o suplício recomeçava. Raul não tinha dó da agonia de Otávio, sabia muito bem o que tinha de ser feito, e não ostentava o menor sinal de cansaço. No fundo, era isso que fazia Otávio voltar sempre, pedindo mais.
Ao final daqueles 60 minutos, Otávio estava hecho un desastre, sentindo suas carnes ardendo em brasa e latejando. Não sabia nem como conseguiria voltar andando para casa. Raul já tinha recebido o pagamento combinado, e desapareceu. No dia seguinte, Otávio sentaria com alguma dificuldade. Mas não se queixava. Ele sentia que seu corpo precisava daquilo, ele precisava sofrer nas mãos daquele homem. Em quarenta e oito horas, ele sabia que estava fadado a voltar ao mesmo endereço, pronto para se entregar a mais uma hora de sacrifícios com seu personal trainer.
Partiram logo para a ação. Afinal, não havia tempo a perder com conversas desnecessárias. Não era a primeira, nem a segunda vez; assim, a sintonia entre eles se construiu rapidamente. Otávio viu o quadril de Raul colocando-se por trás do seu e, ao sentir a respiração do moreno em seu cangote, teve um leve arrepio que eriçou os pelos de seus braços. Raul então passou a ditar as regras e conduzir os movimentos, e Otávio, obediente, deixou-se levar. O silêncio dos dois era ocasionalmente quebrado pelas palavras de comando de Raul, correspondidas por gemidos entrecortados que pareciam vir do fundo das entranhas de Otávio.
Aos poucos, o semblante de Otávio no espelho foi ganhando contornos de dor, de desespero. Raul não se abalou. Sabia que seu cliente estava ali para ir até o limite. Quando sentia que já não aguentava mais, Otávio emitia um apelo de misericórdia com o olhar, pedindo que parassem. Mas a trégua que o outro lhe dava não era suficiente para que ele se recompusesse, e logo o suplício recomeçava. Raul não tinha dó da agonia de Otávio, sabia muito bem o que tinha de ser feito, e não ostentava o menor sinal de cansaço. No fundo, era isso que fazia Otávio voltar sempre, pedindo mais.
Ao final daqueles 60 minutos, Otávio estava hecho un desastre, sentindo suas carnes ardendo em brasa e latejando. Não sabia nem como conseguiria voltar andando para casa. Raul já tinha recebido o pagamento combinado, e desapareceu. No dia seguinte, Otávio sentaria com alguma dificuldade. Mas não se queixava. Ele sentia que seu corpo precisava daquilo, ele precisava sofrer nas mãos daquele homem. Em quarenta e oito horas, ele sabia que estava fadado a voltar ao mesmo endereço, pronto para se entregar a mais uma hora de sacrifícios com seu personal trainer.