segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Algumas dicas de Vitória e Vila Velha

Minha passagem pelo Espírito Santo foi curta e a pesquisa prévia que eu gosto de fazer antes de viajar foi bastante corrida. A chuva atrapalhou o passeio e me impediu de ver muita coisa. Por isso, eu não teria como fazer um mini-guia nos moldes do de Curitiba, por exemplo. Vou apenas compilar o que eu vi e descobri, sem nenhuma pretensão de ser completo, assim eu mesmo poderei consultar o texto quando chegar a hora de voltar a Vitória, onde meus novos amigos capixabas já estão esperando a minha visita (com muito sol, espero!).

PASSEAR
Cheia de verde e toda recortada pelo mar, Vitória é uma cidade agradável. A melhor combinação desses dois ingredientes, você vê na Praça dos Namorados, espécie de "Aterro do Flamengo" que envolve os prédios da Praia do Canto, e nas ilhas do Frade e do Boi, com casas de alto padrão e prainhas tranqüilas. O centro histórico está nas imediações da Cidade Alta, com um casario antigo que lembra Salvador - dá para visitar a Catedral Metropolitana e o Palácio Anchieta. O Parque da Pedra da Cebola é simpático para um piquenique. No capítulo praias, o calçadão de Camburi é bom para correr ou pedalar, mas para entrar na água o melhor é ir para Vila Velha, do outro lado da Terceira Ponte. A Praia da Costa e Itapoã (metades de uma mesma orla) são as mais bonitas, enquanto Itaparica tem um pequeno trecho gay. Ainda em Vila Velha, não dá para perder o Convento da Penha, no alto de um morro de onde se vê a Terceira Ponte e Vitória. Aliás, se você gosta de vistas panorâmicas, outra dica é o Parque da Fonte Grande, que tem a melhor vista da cidade (infelizmente, não pude ir por causa do mau tempo).

COMER
Comece o dia na Monte Líbano, na Praia do Canto, uma incrementada padaria de dois andares com farto bufê de café-da-manhã e bons sanduíches no cardápio. Tive um orgasmo com o café gelato (café, leite, leite condensado, ovomaltine, sorvete, chantilly e cobertura de chocolate). Para saborear frutos do mar e uma boa moqueca capixaba, o Pirão, o Caranguejo do Gil e o Partido Alto (que usa o logotipo da novela de mesmo nome, que passava em 1984) são tradicionais. Outras opções são o Caranguejo do Assis, sucesso absoluto em Vila Velha, e os vários restaurantes da Ilha das Caieiras, onde você almoça com vista para o manguezal. A Praia do Canto tem alguns lugares charmosinhos, como o Salsa da Praia, no shopping Day by Day, e o Quattro Fratelli, com público na linha "leitoras de Marie Claire" e um ótimo linguado recheado com damasco e bacon ao molho de queijo brie. Para um lanche saudável, o Bully's tem um extenso menu com saladas, sanduíches, wraps, omeletes, vitaminas e pratos quentes (mas vá sem pressa, porque o serviço é em ritmo de ostra em coma). Os pastéis de camarão e de siri do Bar do Ceará, em Jucutuquara, são populares e têm recheio generoso. Entre os restaurantes mais caros, o júri da revista Veja premiou o Aleixo, mas meus amigos preferem o La Cave e O Mercador. Se a idéia é ver e ser visto, nenhum lugar é melhor que o Café Tabaco da Rua Joaquim Lírio, que tem fervo a qualquer hora e mesas numa varandinha agradável, com um quê de Zona Sul carioca. Mas o que realmente deixou saudade foi o japonês Sakê. Pedi um Sakê Maki Especial [foto] e um combinado Mix Show 45 (cuenda o nome pintoso!) e mal posso esperar para repetir a dose.

AGITAR
Assim como em várias outras capitais brasileiras, se você quiser ver homem bonito de verdade, terá que circular na noite hétero. Os "filés" de Vitória estão todos flanando pelo chamado Triângulo das Bermudas (ou simplesmente Triângulo), zona de bares alinhados nas ruas João da Cruz e Joaquim Lírio, na Praia do Canto. O Saidera faz o estilo do Tô Nem Aí da Farme: salão aberto para a rua, onde você pode pegar uma mesa alta perto da calçada e assistir ao vaivém de camarote. A bombação maior parece ser no Escritório, que até numa quarta-feira chuvosa estava lotado. Já o buxixo noturno dito "alternativo" da cidade acontece na despojada Rua da Lama, trecho da Rua Anísio Fernandes Coelho, no Jardim da Penha. Pelo que o povo descrevia, fui esperando encontrar algo entre a Lapa carioca, o Rio Vermelho soteropolitano e o Baixo Augusta, e por isso me desiludi um pouco. É um quarteirão com uns três botecos com mesas na calçada (o principal é o Abertura) e freqüência variada (incluindo GLS), mas não vi ali nada de especial. Tive uma impressão melhor da Move, a boate gay da cidade, que fica na Mata da Praia. Com dois andares, lembra a Refugiu's de Porto Alegre (sem a área externa) e tem sound system potente, tribal menos bagaceiro do que eu esperava e alguns caras bem gatinhos (fui na sexta, quando lota menos e dizem que a freqüência é melhor). Por fim, a cena eletrônica se movimenta em torno de raves esporádicas (especialmente de trance), com divulgação direcionada, no mesmo esquema discreto e semi-independente de sempre.

6 comentários:

Tchynna disse...

A-dorei!!!
o mini guia!!!
a Lama é a Anisio e a Alziro Zarur. São 8 bares, na verdade... mas aquela churrascaria q ninguém vai e o postinho (um caso a parte, abaaaaaaaaaaaafa). Vc veio com chuva numa época quase férias, é meio broxante mesmo. (mas, tb achar que seria Lapa ou Rio Vermelho... hehehe). Adorei os comentários do Bullys... hahahhaha detesto aquele lugar e onde estão os homens bonitos... hahhaha Da proxima vez vc tem que ir a Fonte Grande e em alguma das minhas dicas babadeiras... vai fazer sol, pode deixar....

beijoooooooooooooooooooooooooooos

M.I.M.B. disse...

não é não, o marido do meu amigo atende por outro nome... mas em compensação, movido a (muitas) doses extras de vodca, já troquei algumas palavras com você no VIP da TW, na época da Parada.

Gui disse...

Eu lembro bem pouco das viagens na infância pro ES, mas Vitória me parece uma cidde beeeem simpática.

Anonymous disse...

Oi. Comentãtio meio atrasado!
Eu vou a Vitória desde que eu tinha uns 14 anos e sou louco com a cidade. Mas saí poucas vezes lá. Também me decepcionei com a rua da lama. Mas vc resumiu bem "A cidade é fofa". Quando retornar lá, experimente ir ao Ilha Acústico. É um bar bem legal na praia de Camburí. Quero terminar minha faculdade logo e arranjnar um emprego por lá. Tenho parentes na cidade e vou umas 4 x por ano pra passar férias. Passei o último Reveillon lá tb. Se resolver retornar me fala. hahahaha....brincadeira. Achei seu blog hoje e gostei bem. Já tá no meu favorito. Abração.

Anonymous disse...

GRATO PELAS DICAS(MAS TEM MUIT MAISSSSSSSSS)EPEO CARINHO DEMONSTRADO PARA COM MINHA BELA CIDADE-ILHA DE VITÓRIA.MORO NA BELA GUARAPARI,SOU CIDADÃO VITORIENSE.VENHA COM SOL,E TE GARANTO QUE NAS RUAS DA P.CANTO E ENSEADA AZUL-GURAPARI VC VERÁ OS MAIS BELOS HOMENS DO BRASIL,AQUI É UM CALDEIRAO MISCIGENADO
FERNANDO AGUIAR,OTORRINO E POETA

Jacy disse...

Fui andando, chegando de volta à cidade à medida que ia lendo. Bom guia! Quanto aos lugares pra se comer, dá pra pedir uma moqueca bem boa na praia de Manguinhos, também, mas aí já é Serra, outro município. E... a rua da Lama é um mito pra gente porque é onde a gente encontra os amigos, principalmente quem estuda ou estudou na Ufes. Mas realmente não acontece nada por lá. Alternativas mesmo são as festas da produtora Antimofo ou algumas que rolam na universidade, pra quem é mais jovem, ou por produções independentes, como o Fora do Eixo. Mas falaram do Ilha Acústico, num dos comentários. Realmente, a vista de lá é linda, vale o rock! =) Por fim, acho que Vitória tem gente bonita sim... elas só se escondem! hahaha! Beijo, Thiago. E volte a Vitória!!! =D