Uma das características que fazem eu me reconhecer como gay é uma certa identificação que eu sinto com algumas mulheres, em geral personagens de filmes e seriados. Não é algo que passa pelo lado físico - nada a ver com jogar o cabelo e se achar a Jennifer Lopez, ou encarnar La Bündchen numa passarela imaginária. Acho que meu lado feminino [e todos nós temos um, não? dizem que até mesmo os héteros] tem mais a ver com sensibilidade, com se sentir parecido e de alguma forma representado, ainda que à primeira vista não exista nenhuma relação mais óbvia que se possa traçar.
Vou ilustrar com alguns exemplos. Por alguma razão que eu desconheço, eu me espelho um pouco na Dra. Addison, de Private Practice. Tem alguma coisa na Meredith de Grey's Anatomy que, sei lá, também tem tudo a ver. Não acho que eu ande, fale ou sorria parecido com nenhuma delas. Talvez seja o papel que cada uma ocupa nas respectivas tramas: em Desperate Housewives, por exemplo, não tenho como não me enxergar na desajeitada Susan, que é um poço de boas intenções e só se fode - ela é um mulherão, mas nunca se dá conta disso. E naqueles momentos críticos, em que me sinto inadequado e sem nenhum brilho, a imagem que me assombra é a da protagonista de The New Adventures of Old Christine [que além de ser uma perdedora, é chata pra caramba]. O mais curioso é que, de todas essas personagens, eu não conheço sequer a voz, pois só vejo seriados quando corro na esteira da academia, em frente aos televisores sem som.
Mas nenhum clique foi tão forte quanto o que eu tive no começo do mês, quando vi Cisne Negro. O filme em si é tenso, desconfortável, angustiante - se eu soubesse que era um sufoco tão grande, certamente teria evitado, pois não é o tipo de sensação que busco quando vou ao cinema. Mas a história da bailarina Nina me ofereceu um surpreendente encontro comigo mesmo. Angelical, pura, virgem, Nina é delicada, fala baixo e tem um quarto rosinha e cheio de bichos de pelúcia. Exímia bailarina, é totalmente caxias, nunca se diverte, cobra demais de si o tempo todo. Quando surge a chance de abocanhar o grande papel de sua vida, ela vê que as armas que possui não serão suficientes. Ela domina a técnica, mas é tímida, travada. Para encarnar uma personagem que encerra em si a dualidade entre Branco e Negro, ela terá de crescer para fora da casca, enfrentar seus medos e aprender a ser safa e sensual. Na marra.
Tudo fica ainda mais claro (e complicado) quando aparece Lilly, colega que irá cruzar o caminho de Nina e tentar tomar o seu lugar. Lilly é o completo oposto de Nina. Gostosona, cheia de viço, relaxada, sensual, segura e dona de si. Não tem um pingo de técnica, mas tem tesão, justamente o que falta à Nina. Como aquele sujeito que foi mau aluno a vida toda, mas encontrou outro jeito de se destacar e hoje ganha muito mais dinheiro do que o colega cdf, que ficou no limbo. Na (má) companhia de Lilly, Nina pela primeira vez ousará ser menos certinha, pensar menos e viver mais, se jogar de cabeça, se entregar ao sexo, virar gente grande.
Mas a virada definitiva acontece quando a doce bailarina percebe que a colega, na verdade, está tentando puxar o seu tapete. Nesse momento, cai a ficha de Nina e ela vê que precisa aprender a se impor, o que significa promover uma ruptura dolorosa e definitiva com sua inocência e tudo o que ela sempre soube ser. Numa verdadeira catarse, a heroína manda a mãe superprotetora à merda, joga os ursinhos de pelúcia no lixo e vai enxergando brotar de dentro de si a força adormecida de que precisava - o Cisne Negro, quente, poderoso, sensual, arrebatador.
Enquanto a história se desenrolava, iam surgindo na minha frente inúmeros paralelos entre Nina e eu, a minha vida, o meu temperamento, os meus desafios, a minha autocrítica implacável. A dor de ter que crescer, se autoafirmar, mostrar as garras, enfrentar os holofotes. Lidar com o fato de que existirão pessoas que irão querer o meu lugar, o meu ouro e a minha cabeça, e eu terei que aprender a atacar também. Deixar de lado o anjo, o bom, o virtuoso, e exercitar o mau, o sacana, o puto. Ficar esperto e aprender a falar grosso - mesmo sendo tão sensível. Afinal de contas, "a última boazinha - coitada! - morreu na linha do trem". Apesar dos engulhos que o filme provoca, ver-se retratado com tanta fidelidade fez valer o preço do meu ingresso. Acho que finalmente pude entender o sentido da palavra epifania.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Piquenique do bem
Com tantos incidentes lamentáveis tendo como vítimas gays e lésbicas em todo o Brasil [como este, que me deixou absolutamente chocado e nem teve a repercussão merecida], a comunidade LGBT ainda tem pela frente um caminho longo, tortuoso e, às vezes, profundamente desanimador. Até conquistarmos o respeito, a visibilidade e os direitos civis que merecemos, ainda teremos que fazer muita passeata por aí [falando nisso, está marcada para as 15h do dia 19/2, sábado, a Marcha Contra a Homofobia, na Paulista, saindo da Praça do Ciclista e indo até o número 777, onde aconteceu o ataque da lâmpada].
Mas existem várias outras maneiras de dar o recado, que não passam pela militância gay tradicional. Em 2009, no projeto 30ideias, juntei alguns amigos e elaboramos algumas propostas viáveis - atitudes cotidianas, mas capazes de ajudar a fazer a diferença. No próximo sábado, dia 12/2, o Parque do Ibirapuera será palco de mais uma dessas iniciativas singelas e bacanas: um prosaico... piquenique. Articulando-se pelas redes sociais, gays, lésbicas, travestis, simpatizantes, derivados, adendos e complementos não vão trazer faixas e megafones, mas cestas e sacolas com comidas e bebidas, talvez um violão, e passar uma tarde agradável tomando sol, conversando e se divertindo. Simples assim. Como é que ninguém havia pensado nisso antes?
Por trás de uma ideia tão pacífica e inofensiva, o Piquenique pelo Mesmo Amor quer dar à sociedade um recado tão básico quanto sério: o de que todo casal e toda família compartilham o mesmo amor e merecem o mesmo respeito e os mesmos direitos. Gente comum, afinal. Essa ideia simpática irá acontecer, simultaneamente, em São Paulo, no Rio de Janeiro (na Quinta da Boa Vista, "na mesa de pedra que fica perto do lago e do coreto"), em Belo Horizonte (no Parque Ecológico da Pampulha), e também em Los Angeles (EUA), Bogotá (Colômbia), Assunção (Paraguai), Montevidéu (Uruguai) e dezesseis cidades argentinas. Por aqui, já tem gente dizendo que vai levar jogos de tabuleiro, bolas e até bumerangue. Se São Pedro não flopar, tem tudo para ser uma maravilha. O piquenique no Ibira vai rolar na Praça da Paz (nada mais apropriado!), ao lado de alguma árvore bem grande, das 15 às 18 horas.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Code, o after picante
Os afters gays estão bombando como nunca. Depois de um período de recesso, em que a bola da vez eram as pool parties, eles voltaram com força para agitar a cena. São quatro projetos diferentes: Mary Pop, Code Club, Energy e After du Caju. A cada domingo, apenas um deles funciona - uma sábia estratégia que garante pista cheia, já que não haveria público suficiente se todos abrissem ao mesmo tempo. Vários amigos meus vinham dizendo que o Code era diferente dos outros e "de longe, o melhor de São Paulo". Ontem deixei de passar um domingo ensolarado à beira da piscina e fui tirar a prova.
Cheguei às onze e meia da manhã e o lugar estava lo-ta-do [melhor assim: se tivesse chegado às nove, teria amargado uma fila enorme na porta, sob um sol escaldante]. O ambiente principal é um amplo galpão; o DJ fica à esquerda, no canto de um palco onde go-go-dancers se apresentam, emoldurados por um telão. O bar ao fundo tem seu longo balcão transformado em "queijo" por rapazes fervidíssimos, que dão close como se estivessem numa passarela. À direita, camarotes com acesso reservado a quem recebeu uma pulseirinha - sem esse acessório, não se faz mais noite gay em São Paulo. No poste colocado bem no meio do salão, algumas loucas fazem um curioso pole dancing invertido: penduram-se na parte superior e vão descendo de ponta-cabeça, com as pernas para o ar. Se eu não estivesse lúcido, juraria que a viagem foi minha.
Na pista, escura na medida certa para um after, o clima é bem animado. Como nos outros afters e pools, o público é aquela mistura de barbies, cafuçus e casais héteros-super-simpatizantes que formam a ala menos pheena da TW (aliás, vi mais meninas do que esperava). Nos falantes, como não poderia deixar de ser, muito tribal e hard house - começando bem vocal e pesando mais com o passar das horas. Todos já sabem que esse gênero não faz a minha cabeça, então digo apenas que o som do after é cumpridor e coerente com o que se espera. Se alguma alma corajosa ousasse uma direção musical diferente, as bichas provavelmente torceriam o nariz, e as casas preferem embolsar dinheiro fácil a correr riscos. E para alguns, a música nem faz tanta diferença assim.
Mas por que esse não é um after qualquer? Por causa da locação. Quando não abriga o after, o Code Club é uma casa hétero "para casais liberais", dessas que barram solteiros na entrada, entenderam? Um corredor lateral conduz ao segundo ambiente, onde há várias cabines para quem quiser mandar ver ali mesmo. As fendas e glory holes nas paredes permitem não só o voyeurismo como também a interação com os vizinhos. Em outro recinto, uma carcaça aberta de Kombi com faróis vermelhos e uma cama coletiva no meio recebe quem precisa dar uns malhos, ou apenas esperar o pileque passar. No fim das contas, esse hardware erótico da casa é mais do que bem-vindo para um after, onde a conjunção de músculos suados e espíritos exaltados muitas vezes faz a temperatura esquentar. Ou seja, o Code acaba tendo aquela pimentinha extra que nenhum outro projeto tem.
Sob uma perspectiva mais "poliana", os afters podem ser vistos como uma alternativa até mais saudável de diversão. Afinal, em tese não é preciso comprometer o organismo virando a noite sem dormir. Cheguei ao Code descansado, de banho tomado e com duas gotas de Kenzo atrás da orelha; depois de me divertir por algumas horinhas, ainda passei o resto da tarde na piscina. Mas algo me diz que essa está longe de ser a preocupação da maioria. Discretos e praticamente isentos de fiscalização, os afters proporcionam o clima de permissividade que os grandes clubes e as raves perderam. O clima de vale-tudo é o maior chamariz para quem gosta de se jogar de verdade e deixar as preocupações lá fora, ainda que por algumas horas. E isso, o Code tem de sobra.
Cheguei às onze e meia da manhã e o lugar estava lo-ta-do [melhor assim: se tivesse chegado às nove, teria amargado uma fila enorme na porta, sob um sol escaldante]. O ambiente principal é um amplo galpão; o DJ fica à esquerda, no canto de um palco onde go-go-dancers se apresentam, emoldurados por um telão. O bar ao fundo tem seu longo balcão transformado em "queijo" por rapazes fervidíssimos, que dão close como se estivessem numa passarela. À direita, camarotes com acesso reservado a quem recebeu uma pulseirinha - sem esse acessório, não se faz mais noite gay em São Paulo. No poste colocado bem no meio do salão, algumas loucas fazem um curioso pole dancing invertido: penduram-se na parte superior e vão descendo de ponta-cabeça, com as pernas para o ar. Se eu não estivesse lúcido, juraria que a viagem foi minha.
Na pista, escura na medida certa para um after, o clima é bem animado. Como nos outros afters e pools, o público é aquela mistura de barbies, cafuçus e casais héteros-super-simpatizantes que formam a ala menos pheena da TW (aliás, vi mais meninas do que esperava). Nos falantes, como não poderia deixar de ser, muito tribal e hard house - começando bem vocal e pesando mais com o passar das horas. Todos já sabem que esse gênero não faz a minha cabeça, então digo apenas que o som do after é cumpridor e coerente com o que se espera. Se alguma alma corajosa ousasse uma direção musical diferente, as bichas provavelmente torceriam o nariz, e as casas preferem embolsar dinheiro fácil a correr riscos. E para alguns, a música nem faz tanta diferença assim.
Mas por que esse não é um after qualquer? Por causa da locação. Quando não abriga o after, o Code Club é uma casa hétero "para casais liberais", dessas que barram solteiros na entrada, entenderam? Um corredor lateral conduz ao segundo ambiente, onde há várias cabines para quem quiser mandar ver ali mesmo. As fendas e glory holes nas paredes permitem não só o voyeurismo como também a interação com os vizinhos. Em outro recinto, uma carcaça aberta de Kombi com faróis vermelhos e uma cama coletiva no meio recebe quem precisa dar uns malhos, ou apenas esperar o pileque passar. No fim das contas, esse hardware erótico da casa é mais do que bem-vindo para um after, onde a conjunção de músculos suados e espíritos exaltados muitas vezes faz a temperatura esquentar. Ou seja, o Code acaba tendo aquela pimentinha extra que nenhum outro projeto tem.
Sob uma perspectiva mais "poliana", os afters podem ser vistos como uma alternativa até mais saudável de diversão. Afinal, em tese não é preciso comprometer o organismo virando a noite sem dormir. Cheguei ao Code descansado, de banho tomado e com duas gotas de Kenzo atrás da orelha; depois de me divertir por algumas horinhas, ainda passei o resto da tarde na piscina. Mas algo me diz que essa está longe de ser a preocupação da maioria. Discretos e praticamente isentos de fiscalização, os afters proporcionam o clima de permissividade que os grandes clubes e as raves perderam. O clima de vale-tudo é o maior chamariz para quem gosta de se jogar de verdade e deixar as preocupações lá fora, ainda que por algumas horas. E isso, o Code tem de sobra.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Dicas de hospedagem barata em São Paulo
São Paulo é uma das cidades mais caras do mundo, e quem resolve passear aqui deve vir preparado para abrir a carteira. Para quem está podendo, templos da boa vida como Emiliano, Fasano, Unique e Renaissance oferecem paparicos de nível internacional. Já para os demais mortais, é preciso garimpar um pouco para achar hospedagem que não pese no bolso, especialmente para os viajantes desacompanhados. Aqui vão algumas dicas.
1) FORMULE 1 - A rede francesa que inaugurou o filão da hotelaria supereconômica no Brasil já foi bem mais barata, mas o preço (R$129 por um quarto triplo) continua em conta, especialmente se o beliche em cima da cama de casal for ocupado por um terceiro hóspede. Rigorosamente padronizados, os quartos são funcionais, embora algo espartanos. Das cinco filiais, duas têm localização excelente (Paulista e Paraíso) e outra (9 de Julho), também aceitável. A total ausência de controle na porta acaba sendo providencial na hora de arrastar alguém de fora para o quarto. Reservar é fundamental - afinal, o "Fórmula 1" é pop.
2) HOTEL SAN GABRIEL - Depois que o Formule 1 abriu caminho, era natural que a concorrência aprimorasse o conceito. Por preços compatíveis, o San Gabriel oferece muito mais conforto e flexibilidade - há várias opções de quarto, incluindo até mesmo pequenos apartamentos duplex, ideais para grupos maiores. Para quem viaja sozinho, o quarto executivo individual sai a R$110. Estando no epicentro do fervo da rua Frei Caneca, não era de se admirar que o hotel fosse invadido pelos gays - na semana da Parada, só falta botarem uma vending machine de camisinhas no corredor.
3) 155 HOTEL - Outro discípulo da fórmula supereconômica, oferece quartos para 1 ou 2 pessoas com diária a R$135. Sua proposta original, a de ser um hotel direcionado ao público GLS, não vingou. Talvez tenha sido por absoluta falta de divulgação (pouquíssima gente conhece o 155), ou pela localização não tão privilegiada. Que não chega a ser ruim: entre a Augusta e o Centro, é fácil chegar a qualquer lugar de táxi ou mesmo ônibus. Quem sabe o hotel não comece a bombar depois que sair no meu blog? ;)
4) POUSADA DONA ZILAH - Numa faixa de preço ligeiramente superior (quartos individuais, duplos e triplos a partir de R$162, R$210 e R$255, respectivamente), essa pousada é o mais próximo que chegamos do formato bed & breakfast, comum no Exterior. Charmosa e acolhedora, tem café da manhã farto e um pequeno bistrô anexo. A cereja do bolo é a localização: no finalzinho da Alameda Franca, você está no coração dos Jardins, com fácil acesso às compras na Oscar Freire e aos drinks noturnos no Ritz e Bar da Dida. Ao mesmo tempo, o quarteirão é bem tranquilo.
5) CASA CLUB - Para quem viaja só, não faz questão de luxo e quer conhecer gente nova, os hostels podem ser uma ótima pedida. No Casa Club, boa parte dos hóspedes é estrangeira, sinal de que os brasileiros ainda veem os albergues com um pé atrás. Se você não abre mão da privacidade, há algumas suítes: a de R$108 acolhe até 2 pessoas e a de R$240 tem capacidade para seis. Localizado na rua Mourato Coelho, é excelente para quem quer explorar os bares, restaurantes e ateliês da Vila Madalena. Até rola ir à Paulista e Jardins sem usar táxi, mas dá um pouco de trabalho.
6) GOL BACKPACKERS - Um dos mais novos albergues da cidade, o Gol usa o futebol como tema de toda a decoração. Na sala de TV, bolas gigantes fazem as vezes de pufes, enquanto em cada quarto a roupa de cama recebe o símbolo de um time paulista. Neste caso, não dá para fugir do esquema "navio negreiro": todas as acomodações são em dormitórios coletivos, com diárias entre R$35 a R$45. Para compensar, a localização é campeã, a apenas uma quadra da Paulista, em frente ao Maksoud Plaza.
1) FORMULE 1 - A rede francesa que inaugurou o filão da hotelaria supereconômica no Brasil já foi bem mais barata, mas o preço (R$129 por um quarto triplo) continua em conta, especialmente se o beliche em cima da cama de casal for ocupado por um terceiro hóspede. Rigorosamente padronizados, os quartos são funcionais, embora algo espartanos. Das cinco filiais, duas têm localização excelente (Paulista e Paraíso) e outra (9 de Julho), também aceitável. A total ausência de controle na porta acaba sendo providencial na hora de arrastar alguém de fora para o quarto. Reservar é fundamental - afinal, o "Fórmula 1" é pop.
2) HOTEL SAN GABRIEL - Depois que o Formule 1 abriu caminho, era natural que a concorrência aprimorasse o conceito. Por preços compatíveis, o San Gabriel oferece muito mais conforto e flexibilidade - há várias opções de quarto, incluindo até mesmo pequenos apartamentos duplex, ideais para grupos maiores. Para quem viaja sozinho, o quarto executivo individual sai a R$110. Estando no epicentro do fervo da rua Frei Caneca, não era de se admirar que o hotel fosse invadido pelos gays - na semana da Parada, só falta botarem uma vending machine de camisinhas no corredor.
3) 155 HOTEL - Outro discípulo da fórmula supereconômica, oferece quartos para 1 ou 2 pessoas com diária a R$135. Sua proposta original, a de ser um hotel direcionado ao público GLS, não vingou. Talvez tenha sido por absoluta falta de divulgação (pouquíssima gente conhece o 155), ou pela localização não tão privilegiada. Que não chega a ser ruim: entre a Augusta e o Centro, é fácil chegar a qualquer lugar de táxi ou mesmo ônibus. Quem sabe o hotel não comece a bombar depois que sair no meu blog? ;)
4) POUSADA DONA ZILAH - Numa faixa de preço ligeiramente superior (quartos individuais, duplos e triplos a partir de R$162, R$210 e R$255, respectivamente), essa pousada é o mais próximo que chegamos do formato bed & breakfast, comum no Exterior. Charmosa e acolhedora, tem café da manhã farto e um pequeno bistrô anexo. A cereja do bolo é a localização: no finalzinho da Alameda Franca, você está no coração dos Jardins, com fácil acesso às compras na Oscar Freire e aos drinks noturnos no Ritz e Bar da Dida. Ao mesmo tempo, o quarteirão é bem tranquilo.
5) CASA CLUB - Para quem viaja só, não faz questão de luxo e quer conhecer gente nova, os hostels podem ser uma ótima pedida. No Casa Club, boa parte dos hóspedes é estrangeira, sinal de que os brasileiros ainda veem os albergues com um pé atrás. Se você não abre mão da privacidade, há algumas suítes: a de R$108 acolhe até 2 pessoas e a de R$240 tem capacidade para seis. Localizado na rua Mourato Coelho, é excelente para quem quer explorar os bares, restaurantes e ateliês da Vila Madalena. Até rola ir à Paulista e Jardins sem usar táxi, mas dá um pouco de trabalho.
6) GOL BACKPACKERS - Um dos mais novos albergues da cidade, o Gol usa o futebol como tema de toda a decoração. Na sala de TV, bolas gigantes fazem as vezes de pufes, enquanto em cada quarto a roupa de cama recebe o símbolo de um time paulista. Neste caso, não dá para fugir do esquema "navio negreiro": todas as acomodações são em dormitórios coletivos, com diárias entre R$35 a R$45. Para compensar, a localização é campeã, a apenas uma quadra da Paulista, em frente ao Maksoud Plaza.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
O blog novo está no forno...
Neste endereço vou escrever a continuação do meu blog "Textos, Contextos e Pretextos de Introspective". Ou melhor, vou começar uma nova fase da minha vida blogueira. Para que ser Introspective quando eu posso ser simplesmente... Thiago Lasco? ;)
Durante as próximas semanas, vou continuar postando do meu endereço antigo. Enquanto isso, vou arrumando a casa nova e tratando de deixar este espaço com a minha cara (o visual que você está vendo é provisório).
Se você é leitor do blog antigo e quer continuar me seguindo, adicione este endereço aos seus links. Quando tiver fechado o template novo, vou transferir todo o conteúdo do Introspective para cá.
Durante as próximas semanas, vou continuar postando do meu endereço antigo. Enquanto isso, vou arrumando a casa nova e tratando de deixar este espaço com a minha cara (o visual que você está vendo é provisório).
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