ÜBER FAIL Depois de tantos comentários sobre Brüno, tive que ir conferi-lo e tirar minhas próprias conclusões. Não consegui entender o hype: achei o filme muito, muito ruim. Diziam que era um tapa na cara dos homofóbicos, mas não vi ali nenhuma mensagem realmente educativa para os héteros. As pretensas "críticas" que o filme faz são rasas e superficiais e ele ainda reforça estigmas negativos, levando o público leigo a inevitáveis associações entre o ridículo protagonista e os gays em geral. Como espectador gay, não me senti vingado, e sim constrangido. Tudo isso seria perdoável se ao menos o filme fosse engraçado, mas o humor eurotrash de Sacha Baron Cohen consegue ser apenas infame, chulo, vulgar e de péssimo gosto. Talvez eu não teria tido uma surpresa tão ruim se tivesse visto Borat. Agora entendo que tê-lo evitado foi uma decisão acertada.
BOCA LIVRE Com as contas dos jantares cada vez mais altas, a gente fica bem feliz com a notícia de mais uma Restaurant Week em São Paulo. É uma ótima oportunidade para testar lugares novos, ou mesmo comer em restaurantes que normalmente não caberiam no orçamento. Depois do sucesso das edições anteriores, o número de casas participantes cresceu, assim como a duração do festival: agora são catorze dias (de hoje até o dia 13/9). Só os preços continuam os mesmos - R$27 no almoço e R$39 no jantar. Entre as novidades, endereços caros como Antiquarius (estrelado português com sede no Rio) e Porto Rubaiyat (que serve versões 'populares' de seus peixes em sistema de bufê). Confiram os menus no site no festival e programem-se - os endereços mais concorridos estão trabalhando com reservas e esgotando rapidamente a capacidade diária.
LUVA DE PELICA Já que é impossível elogiar e bater palmas para tudo, quem consegue dar seu recado sem criticar abertamente e ganhar desafetos se sai melhor. A coluna de Monica Bergamo na Folha de sábado mostrou a estreia de Jesus Luz como DJ no Royal, em São Paulo. Consta da coluna que o toy boy de Madonna tocou um insosso poperô comercial, levantando os braços com os dedinhos apontados para o alto, batendo palmas e gritando "uhu". Na tentativa de parecer cool (ou esconder sua insegurança), o moço escondeu o rosto com óculos escuros, cafonice típica de seu padrinho Paul Oakenfold. Esperto, o repórter conseguiu retratar o mico de Jesus sem se comprometer. Bastou colher a opinião do público: os gongos dos freqüentadores renderam ótimas aspas e, para todos os efeitos, o jornal não meteu o pau no menino.
CAFUÇU É O TEU C... Quem acompanha este blog há mais tempo já sabe que, quando o assunto é homem, tenho um especial apreço por tipos rústicos, morenos e bem brasileiros, desses que povoam as ruas de cidades como Recife e Salvador. Aprendi com os pernambucanos a chamá-los de cafuçus, incorporei o termo imediatamente e vários colegas blogueiros fizeram o mesmo. Dia desses eu estava conversando com um baiano lindo, chamei o cara de cafuçu e ele ficou enfezadíssimo! Eu disse a ele que, saindo da minha boca, aquilo era um elogio carinhoso (já chamei caras de "meu cafuçuzinho" mais de uma vez) e, mais calmo, ele explicou que eu deveria deletar essa palavra, especialmente quando estivesse na Bahia. Além de ser gíria de pernambucano, povo com o qual o baiano tem "quizila", ali ela tem uma conotação extremamente pejorativa. Prometi me policiar e fiquei agradecido: não quero correr o risco de perder nenhum cafuçu-delícia só por tê-lo chamado elogiosamente de cafuçu...
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Be Fresh: fresco, saudável e apetitoso
Pegando o gancho do post anterior, hoje vou recomendar um restaurante bem bacana que é especializado em comida saudável: o Be Fresh, no Itaim. Para quem está cansado de pedir frango grelhado com salada, o menu da casa é uma bênção - repleto de preparações criativas, entre saladas, sanduíches e pratos quentes. Dos pães aos queijos, tudo é produzido pela cozinha no mesmo dia e servido num ambiente claro e agradável, com muita luz natural e um quê de programa do canal GNT.
Difícil é escolher entre tantas opções apetitosas. Para quem quer ficar na salada, a Cogumelo Mix leva cogumelos shiitake, shimeji e portobello, parmesão, nozes, alface, croûtons e molho à base de azeite, mostarda, mel e alecrim. Entre os sandubas, há o Tostex Parma (presunto parma, rúcula, mussarela de búfala e chutney de figo, em pão de cereais) e o wrap Supremo (frango marinado, agrião, rúcula, tomate, cebola caramelizada e molho de iogurte). Para um belisco, muffins caseiros de ricota com espinafre, ou cacau com iogurte e nutella.
Os pratos quentes me surpreenderam. Quase escolhi o Linguado ao Pôr-do-Sol (com molho de laranja e gengibre com camarão, mais rolinho de abobrinha recheado de ricota), mas acabei ficando com a Lula Cheia (lula recheada de ricota e camarão, com molho de leite de coco e tomate concassé). Levíssima, só não foi melhor que o trio de bruschettas que comi de entrada (a de queijo brie, balsâmico e chutney de figo e a de queijo feta, tomate seco e pesto eram sensacionais). Quem não come peixe pode pedir filé mignon com vinho tinto e capim santo ou peito de frango recheado com aspargos frescos e queijo brie.
As sobremesas também seguem a linha saudável, e os sucos não são feitos com água nem açúcar. O perfumado Pantera Cor de Rosa, por exemplo, leva 1 cacho de uvas, 3 maçãs, 1 goiaba e hortelã, num resultado vistoso, de um vermelho escarlate muito vivo. Enfim, o Be Fresh pratica uma culinária fresca e convidativa, que passa longe das preparações pálidas dos naturebas tradicionais. A casa abre todo dia e ainda faz entregas pela região.
Difícil é escolher entre tantas opções apetitosas. Para quem quer ficar na salada, a Cogumelo Mix leva cogumelos shiitake, shimeji e portobello, parmesão, nozes, alface, croûtons e molho à base de azeite, mostarda, mel e alecrim. Entre os sandubas, há o Tostex Parma (presunto parma, rúcula, mussarela de búfala e chutney de figo, em pão de cereais) e o wrap Supremo (frango marinado, agrião, rúcula, tomate, cebola caramelizada e molho de iogurte). Para um belisco, muffins caseiros de ricota com espinafre, ou cacau com iogurte e nutella.
Os pratos quentes me surpreenderam. Quase escolhi o Linguado ao Pôr-do-Sol (com molho de laranja e gengibre com camarão, mais rolinho de abobrinha recheado de ricota), mas acabei ficando com a Lula Cheia (lula recheada de ricota e camarão, com molho de leite de coco e tomate concassé). Levíssima, só não foi melhor que o trio de bruschettas que comi de entrada (a de queijo brie, balsâmico e chutney de figo e a de queijo feta, tomate seco e pesto eram sensacionais). Quem não come peixe pode pedir filé mignon com vinho tinto e capim santo ou peito de frango recheado com aspargos frescos e queijo brie.
As sobremesas também seguem a linha saudável, e os sucos não são feitos com água nem açúcar. O perfumado Pantera Cor de Rosa, por exemplo, leva 1 cacho de uvas, 3 maçãs, 1 goiaba e hortelã, num resultado vistoso, de um vermelho escarlate muito vivo. Enfim, o Be Fresh pratica uma culinária fresca e convidativa, que passa longe das preparações pálidas dos naturebas tradicionais. A casa abre todo dia e ainda faz entregas pela região.
sábado, 22 de agosto de 2009
Todo dia ele faz tudo sempre igual
Só DEUS sabe o quanto me custou sair da cama às oito horas da manhã deste sábado gelado de inverno, para bater minha vitamina e ir expiar meus pecados na academia. Durante a semana, é pior ainda: como trabalho durante o dia e estudo à noite, para ter tempo de treinar eu preciso acordar às 6h - sendo que nunca consigo ir dormir antes da meia noite e meia. Procuro não parar muito para pensar, assim não desanimo diante de tanto sacrifício.
De onde eu tiro força e pique para isso? Não tenho nenhum truque na manga: nem efedrina, nem catuaba, nem supositório de wasabi. O que me faz investir horas preciosas do meu sono, do meu já escasso tempo livre e da minha vida é um ideal de beleza. Um ideal veiculado pela mídia, incensado pela pornografia, alimentado pela publicidade, movimentado por toda uma indústria, multiplicado por Ipanema e cultuado pelo meio gay. Um ideal que eu assimilei completamente, desde o desabrochar da minha sexualidade, a ponto de passar a considerá-lo como o único padrão desejável, na medida em que ele passou a orientar a minha libido e interferir de forma determinante na construção da minha própria identidade.
Hoje, aos 31 anos, ainda passo uma parte significativa da minha vida social em um mundo que gira em torno de baladas, festas, praias, corpos, flertes, fodas. E que mantém aceso esse ideal. Por enquanto, pagar de gatinho no verão e garantir um Carnaval sexualmente atribulado são preocupações com as quais ainda estarei sintonizado por algum tempo. Até mesmo porque elas têm um papel crucial na minha autoestima. Mas já começo a predizer uma mudança de mentalidade que virá pela frente na minha vida. A atividade física certamente continuará sendo importante, em nome da saúde e do bem-estar, mas o peso do tal ideal de beleza diminuirá. E, com isso, a tendência será que eu busque outras alternativas para me exercitar.
Deixando de lado os inegáveis benefícios na hora de arranjar parceiros sexuais, a verdade é que puxar ferro é uma atividade física burra e de perspectivas bastante limitadas. Você pode recorrer aos florais de barbie e turbinar seu ganho de massa muscular para além de suas limitações naturais ("quem cresce natural é planta", dizem os maiorais do supino). E só: todo o seu ganho pessoal se resume a quantos milímetros a mais você inchou. E esses ganhos evaporam no primeiro deslize. A musculação é mais ingrata do que a Maria de Fátima de Vale Tudo: duas semanas parado já detonam o resultado de meses de suor e sofrimento. E aí, o jeito é voltar... a fazer tudo sempre igual. Inspira, solta, no supino, no pulley e no cross over, em pirâmide e em supersérie. Por anos a fio, você vai trocando os treinos (e os arquivos de MP3), mas nunca sai do lugar, não evolui como pessoa. No máximo, desenvolve a paciência e a obstinação.
Por outro lado, existem atividades físicas com horizontes muito mais amplos do que os da musculação: além de trabalharem o corpo, fazem bem para a cabeça e proporcionam qualidade de vida. Ioga e pilates não deixam ninguém bombado, mas tonificam os músculos, trabalham a postura, a respiração, o equilíbrio, e fazem maravilhas pela flexibilidade. Artes marciais condicionam o físico e trazem crescimento pessoal - seja pelo autoconhecimento, seja pela canalização produtiva da agressividade, seja pela simples segurança de saber se defender. Nada é mais prazeroso do que se exercitar ao ar livre, correndo ou andando de bicicleta, sentindo o vento na cara, vendo a vida que existe do lado de fora da academia.
Claro que alguma musculação ainda será recomendável, para retardar a perda natural de tônus muscular que vem com a idade, mas para esse fim a freqüência e o tipo de treino serão bem diferentes. Afinal, para estar bem comigo mesmo, eu não precisarei ter o bíceps grande e o abdome ultrasseco a minha vida inteira. Pelo menos eu quero crer que não.
De onde eu tiro força e pique para isso? Não tenho nenhum truque na manga: nem efedrina, nem catuaba, nem supositório de wasabi. O que me faz investir horas preciosas do meu sono, do meu já escasso tempo livre e da minha vida é um ideal de beleza. Um ideal veiculado pela mídia, incensado pela pornografia, alimentado pela publicidade, movimentado por toda uma indústria, multiplicado por Ipanema e cultuado pelo meio gay. Um ideal que eu assimilei completamente, desde o desabrochar da minha sexualidade, a ponto de passar a considerá-lo como o único padrão desejável, na medida em que ele passou a orientar a minha libido e interferir de forma determinante na construção da minha própria identidade.
Hoje, aos 31 anos, ainda passo uma parte significativa da minha vida social em um mundo que gira em torno de baladas, festas, praias, corpos, flertes, fodas. E que mantém aceso esse ideal. Por enquanto, pagar de gatinho no verão e garantir um Carnaval sexualmente atribulado são preocupações com as quais ainda estarei sintonizado por algum tempo. Até mesmo porque elas têm um papel crucial na minha autoestima. Mas já começo a predizer uma mudança de mentalidade que virá pela frente na minha vida. A atividade física certamente continuará sendo importante, em nome da saúde e do bem-estar, mas o peso do tal ideal de beleza diminuirá. E, com isso, a tendência será que eu busque outras alternativas para me exercitar.
Deixando de lado os inegáveis benefícios na hora de arranjar parceiros sexuais, a verdade é que puxar ferro é uma atividade física burra e de perspectivas bastante limitadas. Você pode recorrer aos florais de barbie e turbinar seu ganho de massa muscular para além de suas limitações naturais ("quem cresce natural é planta", dizem os maiorais do supino). E só: todo o seu ganho pessoal se resume a quantos milímetros a mais você inchou. E esses ganhos evaporam no primeiro deslize. A musculação é mais ingrata do que a Maria de Fátima de Vale Tudo: duas semanas parado já detonam o resultado de meses de suor e sofrimento. E aí, o jeito é voltar... a fazer tudo sempre igual. Inspira, solta, no supino, no pulley e no cross over, em pirâmide e em supersérie. Por anos a fio, você vai trocando os treinos (e os arquivos de MP3), mas nunca sai do lugar, não evolui como pessoa. No máximo, desenvolve a paciência e a obstinação.
Por outro lado, existem atividades físicas com horizontes muito mais amplos do que os da musculação: além de trabalharem o corpo, fazem bem para a cabeça e proporcionam qualidade de vida. Ioga e pilates não deixam ninguém bombado, mas tonificam os músculos, trabalham a postura, a respiração, o equilíbrio, e fazem maravilhas pela flexibilidade. Artes marciais condicionam o físico e trazem crescimento pessoal - seja pelo autoconhecimento, seja pela canalização produtiva da agressividade, seja pela simples segurança de saber se defender. Nada é mais prazeroso do que se exercitar ao ar livre, correndo ou andando de bicicleta, sentindo o vento na cara, vendo a vida que existe do lado de fora da academia.
Claro que alguma musculação ainda será recomendável, para retardar a perda natural de tônus muscular que vem com a idade, mas para esse fim a freqüência e o tipo de treino serão bem diferentes. Afinal, para estar bem comigo mesmo, eu não precisarei ter o bíceps grande e o abdome ultrasseco a minha vida inteira. Pelo menos eu quero crer que não.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
O maluco dos quatro celulares
Sou uma daquelas pessoas que não conseguem lembrar como era a vida antes do celular. Mesmo me policiando para que as conversas não se alonguem demais, preciso de uma boa cota de minutos por mês. A TIM vivia fazendo promoções mirabolantes para abocanhar uma fatia do mercado, e numa dessas ela acabou me conquistando. Dei uma banana para a Vivo, que sempre foi mercenária e nunca fez a menor questão de prestigiar seus clientes, e peguei na TIM um número de celular tão fácil, mas tão fácil, que eu não quis mais trocar de operadora - pelo menos enquanto não fosse permitida a portabilidade.
Mesmo como cliente da mais barateira das companhias, às vezes minhas contas vêm bastante salgadas. Um dos vilões sempre foi o roaming. Viajo com freqüência para outros Estados, sobretudo Rio de Janeiro, e meu pacote permite míseros 40 minutos de deslocamento. Depois de um feriado marcando praias, festas e peguetes - e recebendo ligações dos amigos de SP que não sabiam que eu estava no Rio - sempre vinha a apunhalada no fim do mês. Quando era Réveillon ou Carnaval, as contas chegavam a bater os R$450. Eu não ganho para isso.
Resolvi então habilitar uma linha do Rio de Janeiro, e esses problemas acabaram. Os amigos cariocas adoraram poder falar comigo pagando tarifa local e eu não precisava ficar controlando o tempo quando atendia ligações. Coloquei o chip num aparelho velhinho da Motorola, então o desapego era total: não havia ônibus perigoso ou caminhada na madrugada que me amedrontasse. Se bobear, o ladrão ia acabar ficando com pena de mim e até me deixaria alguns trocados.
Mesmo eliminando o problema do roaming carioca, minhas contas ainda vinham altas. Antes de aceitar um desconto da TIM e me prender por doze meses, fiz a comparação com outras operadoras, e concluí que a TIM ainda era a mais barata. A Oi dava um bônus razoável, mas a opinião geral aqui em SP é que a empresa deveria colocar um ponto de interrogação na marca - "Oi?" - porque o sinal continua sofrível. Até gosto do fato de a comunicação visual da empresa ser fofa, turquesa e fashion, mas isso não é suficiente para atender às minhas necessidades de consumidor.
Dia desses, eu estava voltando do almoço para o escritório e vi um alvoroço de pessoas na banca de jornal, comprando chips da TIM. O motivo, fui descobrir, era uma promoção chamada Infinity Pré. Você fala com qualquer TIM do Brasil inteiro e paga apenas R$0,60 pela ligação inteira. É menos do que o minuto local do meu plano pós, e nos primeiros três meses o valor é menor ainda: incríveis R$ 0,25. Comprei correndo um chip e passei a usar essa terceira linha apenas para me comunicar com meus amigos TIM. Os que são de outros Estados estão adorando receber inusitadas ligações minhas. E com isso, eu aliviei o consumo da minha linha principal.
Eis que hoje descubro que a Claro também fez uma promoção interessante no pré, chamada 1+30. A cada minuto de ligação tarifada, você ganha 30 minutos grátis para usar em ligações locais para Claro. O bônus máximo é de 30 minutos por dia, que são cumulativos até o fim de cada mês. Basta fazer uma recarga mensal de R$11, e falar com os amigos Claro à vontade - dá 900 minutos grátis por mês.
Resultado: hoje habilitei minha quarta linha de celular. Agora tenho o pós-pago de sempre, com número facinho ("telefone de puta", disseram os baianos), que continuo dando pra todo mundo; um segundo telefone de SP, para falar à vontade com os amigos TIM de todo o Brasil; um terceiro também de SP, só para falar com Claro; e um quarto número, do Rio, que só ligo quando estou dando pinta por lá. Quatro chips para dois aparelhos. Te parece excêntrico? Bem, quando meus gastos mensais com celular tiverem caído de R$300 para R$60, a gente volta a conversar!
Mesmo como cliente da mais barateira das companhias, às vezes minhas contas vêm bastante salgadas. Um dos vilões sempre foi o roaming. Viajo com freqüência para outros Estados, sobretudo Rio de Janeiro, e meu pacote permite míseros 40 minutos de deslocamento. Depois de um feriado marcando praias, festas e peguetes - e recebendo ligações dos amigos de SP que não sabiam que eu estava no Rio - sempre vinha a apunhalada no fim do mês. Quando era Réveillon ou Carnaval, as contas chegavam a bater os R$450. Eu não ganho para isso.
Resolvi então habilitar uma linha do Rio de Janeiro, e esses problemas acabaram. Os amigos cariocas adoraram poder falar comigo pagando tarifa local e eu não precisava ficar controlando o tempo quando atendia ligações. Coloquei o chip num aparelho velhinho da Motorola, então o desapego era total: não havia ônibus perigoso ou caminhada na madrugada que me amedrontasse. Se bobear, o ladrão ia acabar ficando com pena de mim e até me deixaria alguns trocados.
Mesmo eliminando o problema do roaming carioca, minhas contas ainda vinham altas. Antes de aceitar um desconto da TIM e me prender por doze meses, fiz a comparação com outras operadoras, e concluí que a TIM ainda era a mais barata. A Oi dava um bônus razoável, mas a opinião geral aqui em SP é que a empresa deveria colocar um ponto de interrogação na marca - "Oi?" - porque o sinal continua sofrível. Até gosto do fato de a comunicação visual da empresa ser fofa, turquesa e fashion, mas isso não é suficiente para atender às minhas necessidades de consumidor.
Dia desses, eu estava voltando do almoço para o escritório e vi um alvoroço de pessoas na banca de jornal, comprando chips da TIM. O motivo, fui descobrir, era uma promoção chamada Infinity Pré. Você fala com qualquer TIM do Brasil inteiro e paga apenas R$0,60 pela ligação inteira. É menos do que o minuto local do meu plano pós, e nos primeiros três meses o valor é menor ainda: incríveis R$ 0,25. Comprei correndo um chip e passei a usar essa terceira linha apenas para me comunicar com meus amigos TIM. Os que são de outros Estados estão adorando receber inusitadas ligações minhas. E com isso, eu aliviei o consumo da minha linha principal.
Eis que hoje descubro que a Claro também fez uma promoção interessante no pré, chamada 1+30. A cada minuto de ligação tarifada, você ganha 30 minutos grátis para usar em ligações locais para Claro. O bônus máximo é de 30 minutos por dia, que são cumulativos até o fim de cada mês. Basta fazer uma recarga mensal de R$11, e falar com os amigos Claro à vontade - dá 900 minutos grátis por mês.
Resultado: hoje habilitei minha quarta linha de celular. Agora tenho o pós-pago de sempre, com número facinho ("telefone de puta", disseram os baianos), que continuo dando pra todo mundo; um segundo telefone de SP, para falar à vontade com os amigos TIM de todo o Brasil; um terceiro também de SP, só para falar com Claro; e um quarto número, do Rio, que só ligo quando estou dando pinta por lá. Quatro chips para dois aparelhos. Te parece excêntrico? Bem, quando meus gastos mensais com celular tiverem caído de R$300 para R$60, a gente volta a conversar!
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Cheiro de confusão
A vigência da lei antifumo começou em SP com um estardalhaço tão grande ou maior do que o da Lei Seca. Há duas semanas atrás, eu estava almoçando em Pinheiros quando o quilo foi invadido por uma "blitz informativa" do governo, com fiscais de colete bege distribuindo folhetos e um enxame de repórteres e cinegrafistas de rádios e emissoras de TV cobrindo tudo e entrevistando os clientes. Fiquei surpreso (e imaginei como seria bom se o governo trabalhasse com o mesmo afinco nas áreas que rendem menos ibope).
Lendo o material distribuído, já senti um cheiro de encrenca no ar. Na parte que trata de restaurantes, bares e casas noturnas, o folheto diz que "fica proibido fumar no interior desses lugares. Nenhum tipo de fumódromo está autorizado". Mas o que seria "o interior" desses lugares: todas as dependências do estabelecimento, ou apenas aquelas que forem fechadas, cobertas, indoor? A verdade é que o folheto permite duas interpretações, que são absolutamente conflitantes. A primeira é que, se o restaurante tiver mesas num terraço, ou o clube tiver um pátio externo (tipo a The Week), então ali os clientes poderão fumar - afinal, aquela é uma área aberta, que não está dentro do lugar. Por outro lado, ao permitir que os clientes fumem ali, a casa estará, em última análise, criando um fumódromo - o que é proibido pela lei. Perceberam a dubiedade?
Acabei sendo entrevistado por alguns jornalistas e levantei esse problema. Um fiscal do governo ouviu, veio falar comigo e perguntei a ele qual seria afinal o critério utilizado para solucionar o impasse das áreas externas. E a resposta que recebi foi a pior possível: "O bom senso de cada fiscal". Ah, tá: "bom senso de cada fiscal" = fiscais exigindo todo tipo de propina = a lei já nasceu toda cagada. Não é à toa que algumas casas, como a própria The Week, optaram por seguir logo a orientação mais radical: para fumar, o cliente tem que pagar a comanda, sair da boate e acender o cigarro na calçada, junto com o pessoal que está esperando aquele ônibus verde-limão que vai para a Cohab Taipas.
Eu sou totalmente favorável à restrição do fumo em lugares públicos. Muitos alegam que o Estado está invadindo uma liberdade individual, mas o problema é justamente quando essa liberdade individual viola os direitos das outras pessoas. Ao acender um cigarro num bar, o fumante exerce seu livre-arbítrio para se envenenar, mas faz os outros pagarem o pato, obrigando-os a se intoxicar por causa dele. Só acho que, como tudo que é feito às pressas, essa lei vai causar muita confusão, servindo inclusive como pretexto para outros tipos de retaliação. A Gambiarra, festinha hype do semestre passado, foi a primeira vítima.
Lendo o material distribuído, já senti um cheiro de encrenca no ar. Na parte que trata de restaurantes, bares e casas noturnas, o folheto diz que "fica proibido fumar no interior desses lugares. Nenhum tipo de fumódromo está autorizado". Mas o que seria "o interior" desses lugares: todas as dependências do estabelecimento, ou apenas aquelas que forem fechadas, cobertas, indoor? A verdade é que o folheto permite duas interpretações, que são absolutamente conflitantes. A primeira é que, se o restaurante tiver mesas num terraço, ou o clube tiver um pátio externo (tipo a The Week), então ali os clientes poderão fumar - afinal, aquela é uma área aberta, que não está dentro do lugar. Por outro lado, ao permitir que os clientes fumem ali, a casa estará, em última análise, criando um fumódromo - o que é proibido pela lei. Perceberam a dubiedade?
Acabei sendo entrevistado por alguns jornalistas e levantei esse problema. Um fiscal do governo ouviu, veio falar comigo e perguntei a ele qual seria afinal o critério utilizado para solucionar o impasse das áreas externas. E a resposta que recebi foi a pior possível: "O bom senso de cada fiscal". Ah, tá: "bom senso de cada fiscal" = fiscais exigindo todo tipo de propina = a lei já nasceu toda cagada. Não é à toa que algumas casas, como a própria The Week, optaram por seguir logo a orientação mais radical: para fumar, o cliente tem que pagar a comanda, sair da boate e acender o cigarro na calçada, junto com o pessoal que está esperando aquele ônibus verde-limão que vai para a Cohab Taipas.
Eu sou totalmente favorável à restrição do fumo em lugares públicos. Muitos alegam que o Estado está invadindo uma liberdade individual, mas o problema é justamente quando essa liberdade individual viola os direitos das outras pessoas. Ao acender um cigarro num bar, o fumante exerce seu livre-arbítrio para se envenenar, mas faz os outros pagarem o pato, obrigando-os a se intoxicar por causa dele. Só acho que, como tudo que é feito às pressas, essa lei vai causar muita confusão, servindo inclusive como pretexto para outros tipos de retaliação. A Gambiarra, festinha hype do semestre passado, foi a primeira vítima.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Os 7 mandamentos da passagem barata
Com carga tributária alta e concorrência baixa, viajar de avião no Brasil é bem mais caro do que deveria. Mas dá para garimpar preços justos. Dependendo da sua esperteza, com R$500 você pode comprar uma única "perna" de ponte aérea para o Rio de Janeiro, ou uma viagem completa para Fortaleza. É tudo uma questão de você entender a lógica do sistema - quem determina a flutuação dos preços não são pessoas, mas computadores, a partir de certas regras tarifárias e conforme a oscilação da demanda - e então passar a dançar conforme a música. Divido com vocês os meus macetes para comprar passagens aéreas sem ser explorado.
1) PLANEJARÁS TUA VIAGEM COM ANTECEDÊNCIA. Eu não poderia deixar de começar a lista com o conselho clássico: quanto maior a antecedência entre a data da compra e a data da viagem, menores os preços. No Exterior, nem sempre é assim: há companhias que oferecem verdadeiras pechinchas para quem resolve viajar em cima da hora (jogue "last minute trips" no Google). O raciocínio delas é óbvio: depois que o avião decolar, os assentos que não forem ocupados serão perdidos, portanto é melhor tentar vendê-los por menos do que deixá-los vazios. Já no Brasil, a mentalidade é diferente: quem quer viajar na hora tem urgência, portanto aceitará pagar o preço que a companhia quiser, por mais abusivo que seja.
2) FARÁS A PESQUISA DE PREÇOS FORA DO HORÁRIO COMERCIAL. Muitas companhias aéreas, como Gol e OceanAir, costumam fazer feirões de passagens no sábado e no domingo. Outras lançam ofertas-relâmpago na madrugada, entre 23h e 6h. A maioria envia e-mails para os clientes previamente cadastrados, avisando quando há promoções. Para economizar tempo, aproveite a comodidade do Submarino Viagens: você joga as informações (destino, data, horário) e o site faz a cotação em todas as companhias aéreas, mostrando em qual delas o preço está mais barato.
3) FUGIRÁS DE ÉPOCAS BOMBADAS. É a lei da oferta e da procura: quando a demanda por passagens for mais alta, o sistema encarecerá as tarifas. Por isso, se você não estiver cursando uma faculdade, fuja dos meses de férias escolares (dezembro, janeiro e julho), considerados alta estação e sempre mais caros. Pelo mesmo motivo, é bem mais difícil encontrar boas oportunidades nos feriados do que em finais de semana comuns.
4) PRESTIGIARÁS OS AEROPORTOS MAIS DISTANTES. Em São Paulo, a Infraero tenta esvaziar Congonhas, que opera no limite da sua capacidade; no Rio, todos querem a vista deslumbrante do Santos Dumont e ninguém quer saber do Galeão, com acesso difícil e pouco seguro pela Linha Vermelha. A consequência, você já sabe: melhores ofertas nos aeroportos rejeitados. Entre SP e Salvador, por exemplo, a TAM oferece 9 voos diretos diários por Guarulhos e apenas 4 por Congonhas - e a diferença de preço chega a R$ 200,00 por trecho. Para se deslocar até o aeroporto, você pode usar o ônibus executivo; em muitos casos, a diferença de preço continuará compensando mesmo se você for de táxi (o que não vale, evidentemente, para o aeroporto de Viracopos).
5) ACEITARÁS HORÁRIOS ALTERNATIVOS. Novamente, a lei da oferta e da procura. Os horários mais nobres são aqueles inflacionados pelo viajante de negócios: de manhã cedo, entre 6h e 9h, e depois do "expediente", entre 18h e 20h. Se esse não for seu caso, é mais tranquilo e barato voar das 11h às 16h. Outra opção mais radical (e barata) são os voos em horários bizarros, em geral durante a madrugada. Se suas férias não forem muito curtas, você terá tempo de sobra para compensar a noite maldormida no avião. Para saber se a economia compensa, inclua também o custo do táxi (a menos que você se disponha a pegar o último ônibus executivo e esperar no saguão do aeroporto até a hora do embarque).
6) JAMAIS COMPRARÁS UM TRECHO ÚNICO. Como você não quer gastar muito dinheiro, que tal ir de ônibus e voltar de avião, ou vice-versa? É uma PÉSSIMA ideia. Pelos critérios do sistema, sabe-se lá quais sejam, sai bem mais barato comprar uma viagem ponto a ponto, com ida e volta, do que um trecho avulso. Para efeito de ilustração, com o valor que desembolsaria por um único trecho Confins-Congonhas, dá para você comprar a ida, a volta e mais o ônibus executivo de Confins até o centro de Belo Horizonte.
7) FINGIRÁS UMA VIAGEM MAIS LONGA. Quanto maior é a permanência no destino, mais o preço das passagens cai (e cai drasticamente). E se você não tiver tanto tempo? Aí entra o truque: se você tiver duas viagens planejadas, combine a ida da primeira com a volta da segunda e a volta da primeira com a ida da segunda. Com isso, você "enganará" o sistema e obterá uma tarifa menor. Exemplo: você quer passar os próximos 2 feriados no Rio. Se comprar SPRJ 5/9 + RJSP 7/9 e SPRJ 10/10 + RJSP 12/10, pagará caro, pois permanecerá apenas 2 noites no destino. No entanto, se você emitir SPRJ 5/9 + RJSP 12/10 e RJSP 7/9 + SP 10/10, o sistema entenderá que você vai passar, respectivamente, 35 e 33 noites no Rio. E o preço do trecho despencará (no meu caso, R$300 viraram R$69). Malandragem? De jeito nenhum: é só uma questão de entender as regras de tarifação e se aproveitar delas.
1) PLANEJARÁS TUA VIAGEM COM ANTECEDÊNCIA. Eu não poderia deixar de começar a lista com o conselho clássico: quanto maior a antecedência entre a data da compra e a data da viagem, menores os preços. No Exterior, nem sempre é assim: há companhias que oferecem verdadeiras pechinchas para quem resolve viajar em cima da hora (jogue "last minute trips" no Google). O raciocínio delas é óbvio: depois que o avião decolar, os assentos que não forem ocupados serão perdidos, portanto é melhor tentar vendê-los por menos do que deixá-los vazios. Já no Brasil, a mentalidade é diferente: quem quer viajar na hora tem urgência, portanto aceitará pagar o preço que a companhia quiser, por mais abusivo que seja.
2) FARÁS A PESQUISA DE PREÇOS FORA DO HORÁRIO COMERCIAL. Muitas companhias aéreas, como Gol e OceanAir, costumam fazer feirões de passagens no sábado e no domingo. Outras lançam ofertas-relâmpago na madrugada, entre 23h e 6h. A maioria envia e-mails para os clientes previamente cadastrados, avisando quando há promoções. Para economizar tempo, aproveite a comodidade do Submarino Viagens: você joga as informações (destino, data, horário) e o site faz a cotação em todas as companhias aéreas, mostrando em qual delas o preço está mais barato.
3) FUGIRÁS DE ÉPOCAS BOMBADAS. É a lei da oferta e da procura: quando a demanda por passagens for mais alta, o sistema encarecerá as tarifas. Por isso, se você não estiver cursando uma faculdade, fuja dos meses de férias escolares (dezembro, janeiro e julho), considerados alta estação e sempre mais caros. Pelo mesmo motivo, é bem mais difícil encontrar boas oportunidades nos feriados do que em finais de semana comuns.
4) PRESTIGIARÁS OS AEROPORTOS MAIS DISTANTES. Em São Paulo, a Infraero tenta esvaziar Congonhas, que opera no limite da sua capacidade; no Rio, todos querem a vista deslumbrante do Santos Dumont e ninguém quer saber do Galeão, com acesso difícil e pouco seguro pela Linha Vermelha. A consequência, você já sabe: melhores ofertas nos aeroportos rejeitados. Entre SP e Salvador, por exemplo, a TAM oferece 9 voos diretos diários por Guarulhos e apenas 4 por Congonhas - e a diferença de preço chega a R$ 200,00 por trecho. Para se deslocar até o aeroporto, você pode usar o ônibus executivo; em muitos casos, a diferença de preço continuará compensando mesmo se você for de táxi (o que não vale, evidentemente, para o aeroporto de Viracopos).
5) ACEITARÁS HORÁRIOS ALTERNATIVOS. Novamente, a lei da oferta e da procura. Os horários mais nobres são aqueles inflacionados pelo viajante de negócios: de manhã cedo, entre 6h e 9h, e depois do "expediente", entre 18h e 20h. Se esse não for seu caso, é mais tranquilo e barato voar das 11h às 16h. Outra opção mais radical (e barata) são os voos em horários bizarros, em geral durante a madrugada. Se suas férias não forem muito curtas, você terá tempo de sobra para compensar a noite maldormida no avião. Para saber se a economia compensa, inclua também o custo do táxi (a menos que você se disponha a pegar o último ônibus executivo e esperar no saguão do aeroporto até a hora do embarque).
6) JAMAIS COMPRARÁS UM TRECHO ÚNICO. Como você não quer gastar muito dinheiro, que tal ir de ônibus e voltar de avião, ou vice-versa? É uma PÉSSIMA ideia. Pelos critérios do sistema, sabe-se lá quais sejam, sai bem mais barato comprar uma viagem ponto a ponto, com ida e volta, do que um trecho avulso. Para efeito de ilustração, com o valor que desembolsaria por um único trecho Confins-Congonhas, dá para você comprar a ida, a volta e mais o ônibus executivo de Confins até o centro de Belo Horizonte.
7) FINGIRÁS UMA VIAGEM MAIS LONGA. Quanto maior é a permanência no destino, mais o preço das passagens cai (e cai drasticamente). E se você não tiver tanto tempo? Aí entra o truque: se você tiver duas viagens planejadas, combine a ida da primeira com a volta da segunda e a volta da primeira com a ida da segunda. Com isso, você "enganará" o sistema e obterá uma tarifa menor. Exemplo: você quer passar os próximos 2 feriados no Rio. Se comprar SPRJ 5/9 + RJSP 7/9 e SPRJ 10/10 + RJSP 12/10, pagará caro, pois permanecerá apenas 2 noites no destino. No entanto, se você emitir SPRJ 5/9 + RJSP 12/10 e RJSP 7/9 + SP 10/10, o sistema entenderá que você vai passar, respectivamente, 35 e 33 noites no Rio. E o preço do trecho despencará (no meu caso, R$300 viraram R$69). Malandragem? De jeito nenhum: é só uma questão de entender as regras de tarifação e se aproveitar delas.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Recepção azeda
"A hostess Isadora, do Vegas, é sempre muito mal educada com os clientes. Uma turma e eu esperamos 30 minutos, pois só entrava a fila VIP dela. Depois, fomos atendidos com grosseria pela hostess, que cobrou R$50, valor diferente do que constava do Guia, entre R$20 e R$40. Pedi educadamente um desconto e ela fez carão. Respondeu: 'nem para os meus amigos' ". A queixa publicada na seção de cartas do Guia da Folha mostra que o fundamento do carão na porta, marca registrada da cena clubber dos anos 90 (quem não lembra da door policy dos primórdios do Lov.e?), ainda está mais presente na noite do que deveria.
Por baixo de uma atitude pretensamente cool e superior, o esnobismo e o carão revelam despreparo, insegurança e falta de profissionalismo. Além disso, deixam uma impressão ruim que o cliente dificilmente esquecerá. Passei por uma dessas na porta do finado Stereo (onde hoje funciona o D-Edge), há nove anos. Noite disputada, duas filas opostas e nenhuma explicação sobre elas. Peguei a da direita, esperei cerca de 40 minutos e, quando chegou a minha vez, a hostess Anna Gelinskas me humilhou na frente de quase cem pessoas, porque eu deveria ter esperado na fila oposta.
Com uma grosseria surpreendente, ela impediu minha entrada e ordenou que eu fosse para o fim da outra fila, como se eu tivesse pego aquela para entrar mais rápido. Argumentei que ninguém havia orientado os fregueses e eu já havia esperado 40 minutos ali, ao que ela respondeu algo como "vai esperar outros quarenta, ou vai voltar pra sua casa: aqui você não vai entrar". Sou uma pessoa educada, levo tempo para colocar a agressividade para fora, e por isso na hora fiquei absolutamente sem reação. Hoje, se ela me destratasse da mesma maneira, eu até poderia perder minha noite - mas antes faria questão de colocá-la no seu devido lugar. Algumas pessoas precisam que alguém lhes mostre que são muito menos do que pensam.
Por baixo de uma atitude pretensamente cool e superior, o esnobismo e o carão revelam despreparo, insegurança e falta de profissionalismo. Além disso, deixam uma impressão ruim que o cliente dificilmente esquecerá. Passei por uma dessas na porta do finado Stereo (onde hoje funciona o D-Edge), há nove anos. Noite disputada, duas filas opostas e nenhuma explicação sobre elas. Peguei a da direita, esperei cerca de 40 minutos e, quando chegou a minha vez, a hostess Anna Gelinskas me humilhou na frente de quase cem pessoas, porque eu deveria ter esperado na fila oposta.
Com uma grosseria surpreendente, ela impediu minha entrada e ordenou que eu fosse para o fim da outra fila, como se eu tivesse pego aquela para entrar mais rápido. Argumentei que ninguém havia orientado os fregueses e eu já havia esperado 40 minutos ali, ao que ela respondeu algo como "vai esperar outros quarenta, ou vai voltar pra sua casa: aqui você não vai entrar". Sou uma pessoa educada, levo tempo para colocar a agressividade para fora, e por isso na hora fiquei absolutamente sem reação. Hoje, se ela me destratasse da mesma maneira, eu até poderia perder minha noite - mas antes faria questão de colocá-la no seu devido lugar. Algumas pessoas precisam que alguém lhes mostre que são muito menos do que pensam.
domingo, 2 de agosto de 2009
A fantástica fábrica de sonhos
Esta noite fiz algo que havia muito tempo que eu não fazia: dormi DOZE horas. Fui tirar minha disco nap às 21h e cataploft!: capotei na cama e só fui acordar às 9 da manhã. Meu corpo provavelmente estava precisando de um descanso maior, e o tempo frio ajudou os edredons a ficarem ainda mais convidativos. Foi um sono perfeito e com muitos sonhos. Sonhar é normal, mas eu raramente me lembro do que sonhei depois que acordo. Nos últimos dias, por algum motivo que desconheço, tenho lembrado de todos os meus sonhos. O mais engraçado é vários deles têm pé e cabeça e são até bastante coerentes, mas misturam lugares e pessoas de épocas totalmente diferentes, gerando histórias pra lá de inusitadas. Mas o melhor de tudo é entrar numa saia-justa, arregalar os olhos e pluft! terminar o sonho e se ver livre do problema na mesma hora.
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