Dezembro é sempre uma época atribulada por conta da TPN, a tal tensão pré-natalina. Com o ano letivo terminando, empresas e escritórios correm para terminar o que precisa ser concluído antes do recesso. Depois vêm os inevitáveis almoços e happy-hours de confraternização (pesadelo de 4 entre 5 bees que precisam fazer a linha no trabalho). E a imposição cultural do consumismo desenfreado leva todo mundo a se descabelar em shopping centers atrás dos presentes de Natal. Todo ano é assim (o que varia é a quantidade de pessoas que a gente decide presentear).
Neste ano, porém, São Paulo parece estar tomada por um estado de euforia e vigília maior. Não sei o que está acontecendo, mas o trânsito está muito pior, tem muito mais gente na rua. Ontem à noite, as largas calçadas da Paulista estavam tão abarrotadas de gente conferindo a decoração natalina da avenida (ela, o Trianon, o Parque do Ibirapuera e a Ponte Estaiada estão incríveis) que, por alguns momentos, parecia que eu estava andando em Nova York. Todo mundo está agitado, tudo tem fila, tudo está lotado - e não apenas as zonas comerciais, onde isso era de se esperar. A impressão que se tem é que São Paulo é um grande show da Madonna, mas na hora da dispersão - quando o povo se liga que a tia não vai fazer bis e começa a se movimentar em todas as direções possíveis ao mesmo tempo.
Aliás, os shows dela devem estar ajudando a engrossar a muvuca por estas bandas. Especula-se que a injeção de dinheiro dos visitantes atinja milhões de reais. Apesar disso, ainda tem ingresso sobrando - e muito. Fiquei com pena dos fãs que passaram noites acampados na fila da bilheteria ou viveram momentos de pânico com os tropeços do sistema da Tickets4Fun pela internet. Enquanto os mais histéricos pagaram 720 reais ou até mais para a pista vip (que ele mandou avisar que é tudo nesta vida), agora que os ingressos encalharam os cambistas, desesperados, tentam minimizar os prejuízos queimando as entradas a 50, 60 reais - a reportagem da Folha de S.Paulo conseguiu comprar pista vip a pífios R$ 30. Por esse valor, até eu iria ao show, e sem reclamar do repertório.
Agora que Madonna está encerrando a turnê mundial, será que ela vai aproveitar e se jogar por aqui, nesta cidade que tem uma das melhores noites do mundo? Não imagino a diva chegando de surpresa na The Week (se nem o André Almada as bibas deixam em paz, imaginem ela... não teria 5 minutos de diversão), mas nunca se sabe. Talvez armem uma festa fechada para ela em algum lugar. Nem sei se eu teria alguma coisa a dizer a Madonna, mas gostaria de tirar uma casquinha de algum dos dançarinos. Com ou sem eles, vou me jogar hoje - é a última chance de ver todo mundo antes da dispersão do fim do ano, quando muitos vão passar o Natal com a família em outras cidades.
E depois que baixar a TPN aqui em São Paulo, sei que o corre-corre e a 'função' vão apenas mudar de endereço... mais um réveillon carioca está chegando, com pencas de amigos queridos para ver, festas para conferir (ou não) e a impossível vontade de estar em vários lugares ao mesmo tempo. Ainda tenho pique e interesse em tudo, mas a cada ano vou ficando mais tranqüilo, mais seletivo e menos ansioso. Nossos momentos de lazer têm que ser fonte de prazer, não de cobranças, mas só agora estou finalmente assimilando isso. Ainda bem.
3 comentários:
Gajo Feliz Solsticio de Inverno para sim também. Estou de partida para Milão e depois para Madrid onde participarei nos rituais de celebração do início dos dias a crescer de luz.
Adorei ficar te abraçando lá na tw...
hi hi hi!!!
Um beijo e me liga, fio!!
realmente a cidade esta cheia.. mas isso termina agora.. pq a partir de sexta o povo ruma para paisagens mais praianas.. hehehe
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