segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Pergunta para o casal de Baby Love: não querem me adotar também?

Um dos fortes candidatos ao troféu de filme-gracinha de 2008 é o francês Comme Les Autres, que no Brasil recebeu o título de Baby Love. O protagonista é Emmanuel, pediatra gay que sonha em adotar uma criança. O primeiro obstáculo a esse desejo, Manu encontra dentro de casa: seu companheiro Philippe simplesmente abomina a idéia de criar um bebê, o que coloca a relação do casal em xeque-mate. Para complicar ainda mais, a mesma França que tem uma postura permissiva em relação ao aborto não admite a adoção por gays. Depois de tentar enganar o serviço social passando-se por hétero, Manu vê em uma imigrante argentina a chance de realizar o sonho de ser pai. Mas essa solução não será tão fácil quanto ele imagina.

O longa fez sucesso na França, onde foi assistido por mais de 1 milhão de pessoas. Já a crítica brasileira não se entusiasmou muito com ele. Meus amigos, em geral, adoraram: alguns disseram que até saíram do cinema com vontade de adotar uma criança, sendo que nunca haviam cogitado a possibilidade até então. Eu, que sempre tive ojeriza a crianças (inclusive quando eu também era uma), jamais chegaria a esse ponto. Mas adorei o filme. Baby Love aborda um tema delicado com sobriedade e leveza, e desenvolve os conflitos entre as personagens de uma forma bastante humana, enxergando o lado de todos os envolvidos. O filme é redondo, com doses equilibradas de drama, comédia e romance - fica até difícil classificá-lo.

Mas o que realmente me ganhou foram os atores Lambert Wilson e Pascal Elbé, que formam o casal gay do filme. Elbé, em especial, é tão fofo que eu fui me derretendo, me desmanchando e, no final da exibição, já estava completamente dissolvido na poltrona e apaixonado por ele. É um marido desses que eu quero ter ao meu lado. Talvez esteja aí a maior virtude do filme: ele conseguiu dobrar minha fase Leila Diniz e me mostrou que, por baixo desta criatura independente, prática e sexualmente emancipada, ainda bate um coração pra lá de romântico.

5 comentários:

poor guy fashion victim disse...

Olá,

Obrigado pela dica, vou ficar atento e ver se consigo ver.Fiquei curioso.

Já estreou aí no Brasil o Ensaio sobre a Cegueira do Fernando Meirelles? Acho o livro do Saramago genial e gosto do Fernando Meireles e por isto estou super curioso.

Pegante disse...

1. adorei a fase leila diniz, srrsrs.
só tenho medo que muitos leitores não entendam a referência!
2. não vi o filme ainda, mas fiquei curioso sobre o ator hehe.
3. adoção gay --- aqui fico no lado da minoria do mundo gay.
acho que se deve ter o DIREITO de adotar, mas acho que NÃO se deve adotar.
acho que, infelizmente, o mundo ainda tá muito preconceituoso e a criança adotada vai acabar tendo que segurar uma onda que ela não pediu para segurar.
e acho que rola um certo egoísmo de quem adota;;; estão resolvendo uma carência DELES e possivelmente criando um problemão para o adotado.

Little Pet disse...

não entendi esse dobrar, seria no sentido de ficar mais "careta" ou mais "ousado".

Mais é uma delicia essas descobertas, neh?!

Gui disse...

eu tô numa fase que nem dá pra ver esses tipos de filmes...rs

Anonymous disse...

que traição. quer dizer que vc quer nos trocar pelo casal do filme? ok, tudo bem...

xande y perrito